Nem millennial nem Z: a geração do momento é a P de pet. “Ela não se define pela idade, mas por ter uma maior conexão com os animais”, explica Ana Brandão, gerente de comunicação do Grupo Petz. Segundo levantamento da empresa, que ouviu 753 tutores, 88% concordam que os bichos de estimação são membros da família.
Além disso, 38% os consideram uma das cinco coisas mais importantes de sua vida (disputando lugar com pais, filhos, cônjuges e Deus, por exemplo). “É uma geração intensamente afetuosa e muito aplicada”, define Ana.
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Entre os tutores brasileiros, as principais demonstrações de afeto aos pets são brincar, conversar e abraçar — mas formas ainda mais criativas e intensas também são comuns.
Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados já fizeram uma arte (ilustração, por exemplo) do animal, 31% administram perfis dos pets nas redes sociais, 25% já fizeram festa de aniversário para eles e 15% tatuaram uma homenagem ao bichinho.
Outra tendência da geração P é a preferência pela adoção, não pela compra. “Quase 80% dos entrevistados tem ao menos um pet adotado dentro de casa. Eles também são muito engajados na causa animal. São tutores protetores e muitos contribuem com ONGs que compartilham essa missão”, explica a gerente de comunicação do Grupo Petz.
Em suma, 63% se consideram mãe ou pai de pet. Você se identifica?
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O lado sombrio da “peternidade”
Cerca de 30 milhões de animais vivem nas ruas do Brasil. Segundo a pesquisa nacional Animais Abandonados e Devolvidos, realizada pela Cobasi Cuida (pilar social da Cobasi), quatro a cada cinco deles são cachorros. A maioria é vira-lata, de pelo preto ou caramelo, e foi desamparada na idade adulta. Já entre gatos, os filhotes de pelagem preta são os mais negligenciados.
A principal justificativa para o crime — cuja pena varia de dois a cinco anos de prisão — é a mudança de residência. Os meses de férias (janeiro, julho e dezembro) registram mais casos. Denuncie pelos telefones 190 (Polícia Militar) ou 181 (Disque Denúncia).