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Satélites e sensores contra a Covid-19

Imagens da Terra captadas do espaço ajudam a identificar focos de transmissão do coronavírus. Já novos sensores indicam casos suspeitos mesmo sem sintomas

Por André Bernardo
21 nov 2020, 10h24
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  • Nem consumo de energia nem movimentos migratórios. Cientistas do Instituto Payne de Políticas Públicas, nos Estados Unidos, estão analisando imagens obtidas por satélites da Nasa para rastrear, em tempo real, possíveis avanços da Covid-19. Os registros noturnos dão uma ideia de como as populações vêm incorporando (ou não) o distanciamento social à medida que os casos permanecem elevados ou voltam a crescer em determinada região.

    “Esse método revelou que, em algumas cidades, a população aderiu bem à quarentena. Houve perda de luminosidade em áreas comerciais, assim como em rodovias e aeroportos”, conta a física Rosa Corrêa, pesquisadora do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE). “Por outro lado, houve aumento do brilho em áreas hospitalares, muito provavelmente em função de mais casos da doença naquela região.”

    Apoio que vem do céu

    Como a Nasa ajuda a sondar o controle da pandemia:

    Lá de cima

    As imagens noturnas são captadas por satélites da agência espacial americana, que já monitora casos de pesca ilegal, desastres naturais e incêndios.

    Observação

    Os pesquisadores comparam os registros das cidades antes e depois da pandemia, e, em tempo real, apontam as áreas mais movimentadas.

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    Em ação

    Esses dados ajudam as autoridades a planejar a necessidade (e o cumprimento) do isolamento social, ainda mais tendo em vista novos surtos.

    Sensor indica suspeita de Covid-19 mesmo sem sintomas

    Sensores que aferem a temperatura do corpo e avisam se o indivíduo está com febre ou não existem muitos. Em geral, o sujeito precisa estar febril no momento exato da avaliação para o aparelho sinalizar. Mas uma nova geração desses equipamentos apura muito além do aumento da temperatura.

    Eles checam outros sinais vitais, como pressão arterial e frequência cardíaca e respiratória, e, aliados a um sistema de análise e reconhecimento de imagens, apontam as disfunções capazes de dedurar doenças. É o caso de uma tecnologia criada pela Predikta em parceria com a Kunumi apta a rastrear pessoas que, mesmo sem febre, estariam infectadas pelo coronavírus — e poderá ser usada em locais públicos.

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