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Relatório mostra doenças cardiovasculares que mais matam no mundo

O estudo também avaliou fatores de risco ligados a problemas cardíacos, como a má alimentação, que provocou 8 milhões de óbitos em 2021

Por Chloé Pinheiro
19 dez 2022, 18h03
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  • Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 17 milhões de pessoas falecem todos os anos por panes no coração ou nos vasos sanguíneos. 

    Um novo relatório do Global Burden of Cardiovascular Diseases Collaboration, força-tarefa que acompanha a saúde da população global, traz números atualizados sobre as condições e os fatores de risco que mais ameaçam a circulação. 

    O trabalho, publicado no Journal of The American College of Cardiology, aponta que a doença arterial coronariana (ou DAC), quando as artérias entopem e adoecem, é a principal causa de morte cardiovascular no mundo. Em 2021, foram 9,4 milhões de óbitos por esse motivo. 

    Também foi avaliado o impacto dos fatores de risco que levam a condições como a DAC. A hipertensão segue como o fator de risco modificável mais relevante nesse cenário, respondendo por 11,3 milhões de mortes no mundo em 2021. 

    Outro problema em ascensão é a má alimentação. Os chamados riscos dietéticos foram responsáveis por 6,5 milhões de mortes cardiovasculares e 8 milhões de mortes no total global. 

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    + Leia também: Qual é a dieta que mais faz bem ao coração?

    A categoria engloba o baixo consumo de certos itens, como vegetais, grãos integrais e boas gorduras, além do consumo elevado de outros, em especial carnes vermelhas e processadas, bebidas açucaradas, gorduras trans e sódio. 

    A situação do Brasil 

    O relatório analisou dados de 18 condições cardiovasculares e 15 fatores de risco em 204 países, divididos em 21 regiões globais. A região que engloba Brasil e Paraguai, América Latina Tropical, teve 170 mil óbitos por doença arterial coronariana em 2021.

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    Depois da DAC, os problemas que mais preocupam são acidente vascular cerebral (AVC) e hemorragia cerebral, com 77 e 45 mil mortes, respectivamente. A boa notícia é que o levantamento também mostra uma queda de 61% na mortalidade por AVC nas últimas décadas, reflexo dos avanços na medicina.  

    Entre os fatores de risco fisiológicos mais relevantes estão hipertensão arterial, colesterol elevado e alto índice de massa corpórea (IMC). Na região, assim como no resto do mundo, a má alimentação representa o maior perigo comportamental, seguida pelo tabagismo

    O desafio da hipertensão 

    Como mostramos nesta reportagem, a hipertensão arterial é uma das principais causas de infartos e AVCs. Apesar de sabermos muito sobre tratamentos e prevenção, poucos hipertensos mantêm a pressão sob controle. 

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    Trata-se de uma doença que prejudica demais a qualidade de vida. No Brasil, ela provoca 2 mil anos de vida perdidos ajustados por incapacidade a cada 100 mil habitantes. 

    Essa é uma medida que soma os anos que a pessoa deixou de viver porque faleceu ou por conta de incapacidade física – por exemplo, ficou presa a uma cama depois de um derrame. 

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    Veja algumas dicas para fugir da hipertensão e de outros problemas cardíacos clicando aqui.

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