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Radar da saúde: os fardos da menopausa e outras notícias de impacto

Levantamento indica que repercussão dessa fase na vida da mulher e na sociedade é subestimada. Veja o que está em nosso radar

Por Diogo Sponchiato
Atualizado em 20 jun 2023, 17h09 - Publicado em 20 jun 2023, 16h15
ilustração de mulher triste
Novas pesquisas expõem impactos da menopausa na saúde, no bem-estar e na economia.  (Ilustração: Bia Leme/SAÚDE é Vital)
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Não bastasse gerar sintomas incômodos como ondas de calor, secura vaginal e mudanças profundas no estado mental, a menopausa aumenta o risco de uma lista de doenças que vão de problemas cardiovasculares a osteoporose. E tudo isso é um desafio não só de foro íntimo.

Um estudo recém-divulgado pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, dá uma dimensão do impacto socioeconômico do climatério — o nome técnico do período que cerca o fim da menstruação.

Depois de entrevistar mais de 4 mil mulheres empregadas, detectou-se que 1,8 bilhão de dólares devido à perda de horas de trabalho é consumido ao ano e 26,6 bilhões de dólares são gastos quando se somam as despesas médicas — e as cifras consideram apenas a população americana.

As manifestações físicas e emocionais da menopausa, assim como os problemas de saúde mais comuns nessa etapa da vida, cobram, portanto, um olhar mais sensível e cuidadoso diante do envelhecimento feminino.

+ LEIA TAMBÉM: Um novo olhar da medicina para a menopausa

ilustração de bactérias
(Ilustração: Bia Leme/SAÚDE é Vital)

Passado: 150 anos da descoberta da causa da hanseníase

Conhecida antigamente pelo pejorativo termo “lepra”, a doença que provoca lesões na pele e deformações foi uma das principais pragas bíblicas. Mas seu entendimento se transformou quando o médico norueguês Gerhard Hansen identificou a bactéria por trás dela em 1873. Trata-se da primeira moléstia associada a um micróbio na história — e o nome do cientista veio a batizá-la.

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ilustração de urso com vaso sanguíneo
(Ilustração: Bia Leme/SAÚDE é Vital)

Futuro: ursos podem nos ajudar a evitar trombose

Uma investigação alemã pode ter encontrado a resposta para o fato de ursos-pardos hibernarem meses sem se encrencar com a formação de trombos no sangue — já que o imobilismo é um fator de risco. Ela está numa proteína que interfere na coagulação. Esse conhecimento tem potencial de aprimorar a prevenção de trombose até em humanos.

ilustração mapa da índia com torneiras
(Ilustração: Bia Leme/SAÚDE é Vital)

Um lugar: a febre urbana na populosa Índia

Neste ano, o país asiático supera a China em número de habitantes, tornando-se o mais povoado do planeta. E um dos seus desafios é controlar doenças infecciosas ligadas à carência de saneamento básico. Uma pesquisa registra surtos de febre tifoide pelas cidades da nação, que hoje concentra mais da metade dos casos da enfermidade no mundo.

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ilustração de remédios
(Ilustração: Bia Leme/SAÚDE é Vital)

Um dado: 130 milhões de reais vendidos de cetoprofeno

Esse anti-inflamatório foi o remédio genérico mais comercializado no Brasil em 2022. Segundo análise recente, o produto da Medley
lidera o ranking, seguido pelo anti-hipertensivo losartana (Neo Química), o medicamento para enxaqueca naratriptina (Nova Química) e o hormônio sintético tireoidiano levotiroxina (Medley).

caricatura de contardo calligaris
(Ilustração: Bia Leme/SAÚDE é Vital)
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Uma frase: Contardo Calligaris

“De fato, e infelizmente, somos uma sociedade muito pouco hedonista (…) E também somos distraídos demais para sermos hedonistas. O problema do prazer estético é sempre, antes de mais nada, um problema de atenção, e um mundo de prazeres é uma promessa que se realiza só para quem sabe prestar atenção. Uma cultura distraída nunca será uma cultura hedonista, porque, simplesmente, nunca será disposta a fruir a vida com uma intensidade que valha a pena.”

Contardo Calligaris (1948-2021), escritor e psicanalista, em seu último livro, O Sentido da Vida (Paidós)

O Sentido da Vida (Paidós)

CAPA LIVRO

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