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Radar da saúde: as falhas na hora de receitar remédios e exames

Levantamento brasileiro indica lacunas problemáticas nas prescrições médicas. Veja este e outros destaques no nosso radar mensal

Por Diogo Sponchiato
29 dez 2022, 12h07

Negligenciar as metas de redução do colesterol preconizadas para pessoas com alto risco cardíaco; parar o tratamento da obesidade antes da hora; deixar de pedir exames que apuram a presença de gordura no fígado; e não receitar medicamentos que comprovadamente reduzem o risco de infartos e AVCs.

Eis alguns lapsos identificados no dia a dia de consultório entre mais de 650 profissionais brasileiros ouvidos pela pesquisa Receita de Médico, conduzida pela Clannad Editora Científica e coordenada pelo endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri.

O estudo escancara um buraco entre recomendações estabelecidas em cima de estudos e a prática clínica, o que pode prejudicar a prevenção e o controle de doenças crônicas.

“Há uma oportunidade enorme de aprimorar a educação médica e aumentar o engajamento dos profissionais e dos seus pacientes nos cuidados com a saúde”, avalia Couri.

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+ LEIA TAMBÉM: As maiores inovações médicas brasileiras de 2022

ilustração de bolo de aniversário
(Ilustração: Dyana Lima/SAÚDE é Vital)

Passado: 100 anos do comprimido mais usado contra o diabetes

É a metformina, uma medicação que foi sintetizada pela primeira vez em laboratório em 1922 pelas mãos de dois cientistas irlandeses. O princípio ativo original foi descoberto numa planta, o lilás-francês, e inspirou a criação do fármaco prescrito para controlar os níveis de glicose no sangue. Ainda hoje a metformina é o remédio mais usado no tratamento do diabetes tipo 2.

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ilustração de injeção estourando bexiga
(Ilustração: Dyana Lima/SAÚDE é Vital)

Futuro: terapia induz crescimento do tumor para desestabilizá-lo

A proposta de um novo método investigado no Instituto Butantan (SP) é aliar uma substância que estimula as células cancerosas a se proliferar com um quimioterápico para, então, destruí-las. Em experimentos com células e animais, a estratégia fez regredir em mais de dez vezes tumores de mama agressivos, potencializando a ação da químio.

ilustração de bolsa de soro com mapa do haiti ao fundo
(Ilustração: Dyana Lima/SAÚDE é Vital)

Um lugar: cólera ressurge com força no Haiti

Não bastasse ter de enfrentar a Covid-19 e a varíola dos macacos, o país caribenho encara também um surto de cólera. São dezenas de casos confirmados e centenas de outros suspeitos da doença causada por bactérias e disseminada por água ou alimentos contaminados. O cólera pode provocar diarreias e desidratação severa, um quadro potencialmente fatal.

ilustração de piramide com mosquito da dengue no topo
(Ilustração: Dyana Lima/SAÚDE é Vital)

Um dado: dengue supera 1 milhão de casos no Brasil

O vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti não cede terreno. Pelo contrário, continua sendo motivo de preocupação em boa parte do país. Um boletim da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alerta que houve mais de 1,3 milhão de casos de dengue registrados este ano (e quase mil mortes). E a temporada de calor e pancadas de chuva pode catapultar esses números se medidas não forem tomadas.

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caricatura da escritora annie ernaux
(Ilustração: Dyana Lima/SAÚDE é Vital)

Uma frase: Annie Ernaux

“A maior proibição daquela época [década de 1960], a pílula anticoncepcional, que nunca tínhamos imaginado ser viável, foi autorizada por uma lei. Ninguém ousava pedir ao médico, nem ele sugeria, principalmente se você não fosse casada. Seria indecente. Sabíamos que a vida, com a pílula, seria desconcertante, o corpo viveria com tanta liberdade que dava medo de imaginar. Tanta liberdade quanto a de um homem.”

Annie Ernaux, escritora francesa e Prêmio Nobel de Literatura de 2022, no livro Os Anos (Fósforo)

capa do livro
(Capa: Fósforo Editora/Divulgação)

Os Anos
Autora: Annie Ernaux
Tradução: Marília Garcia
Editora: Fósforo
Páginas: 249

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