Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Qual a diferença entre os sintomas da gripe e da dengue?

As doenças, apesar de transmitidas de formas diferentes, podem ser confundidas por causa dos sintomas iniciais. Veja o que as distingue

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 1 mar 2021, 12h56 - Publicado em 4 jul 2019, 18h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Se a dengue costuma reinar no verão, a gripe faz mais estragos no inverno. Mas a verdade é que, às vezes, os sintomas dessas duas doenças se confundem – pense em febre, náuseas e dores no corpo.

    O cenário fica mais nebuloso em anos com aumento no número de infecções por dengue ou gripe. Quanto mais gente indo ao hospital com sinais suspeitos, maior a chance de confusão. “O início dos sintomas é parecido. Estamos falando de febre, mal-estar, enjoo, dores de cabeça e no corpo”, elenca Kelem Chagas, imunologista e gerente médica da farmacêutica Sanofi Pasteur.

    Essa semelhança atrapalha o diagnóstico. É comum que, nos primeiros dias, o quadro seja diagnosticado como virose (um termo mais genérico) no pronto-socorro. Conforme o quadro evolui, as diferenças geralmente ficam mais claras.

    Como distinguir a dengue da gripe

    As duas são causadas por vírus que derrubam o organismo inteiro. Só que, depois dos primeiros dias de incômodos, a gripe tende a causar uma febre mais alta. Também surgem os sintomas respiratórios: tosse, dor no peito e dificuldade para respirar.

    Já a dengue provoca dores nas articulações, problemas gastrointestinais, inchaço, erupções e coceira na pele, além da queda no nível de plaquetas do sangue (o que leva aos sangramentos que caracterizam sua versão mais grave). Problemas respiratórios também podem dar as caras, mas são mais raros.

    Continua após a publicidade

    Para evitar qualquer confusão, o médico deve fazer uma investigação atenta sobre as queixas do paciente e eventualmente solicitar exames laboratoriais. Cada enfermidade tem o seu.

    O teste que detecta o vírus influenza, causador da gripe, é rápido e pode ser feito até mesmo em alguns consultórios. O da dengue exige uma análise mais complexa do sangue.

    “Fazer essa diferenciação é importante porque, quanto mais cedo começa o tratamento da gripe com antivirais, melhor é a evolução do quadro”, destaca Kelem.

    Continua após a publicidade

    Não existem remédios específicos para a dengue, mas há vários fármacos contraindicados em casos suspeitos. Está aí outro bom motivo para esclarecer qual é o vírus desencadeando os estragos.

    A confusão entre os sintomas de dengue e gripe é comum

    Em 2015, um estudo conduzido em El Salvador avaliou 121 indivíduos internados com suspeita de dengue e descobriu que só 28% tinham a doença. Do total, 19% na verdade estava sofrendo com os ataques do vírus influenza.

    O que justifica o aumento da dengue

    “Em 2019, tivemos um início um pouco tardio da epidemia e nosso inverno estava bastante quente”, explica Kelem. “Fora isso, os dados mostram que há mais de um tipo de vírus da dengue em circulação, o que ajuda a estender um pouco o período de surto”, completa a médica.

    Continua após a publicidade

    Por último, um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugere que o Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença, está mais resistente a inseticidas. A investigação foi realizada em 146 cidades brasileiras e mostrou que as larvas e os insetos adultos da espécie estão menos suscetíveis do que antes aos venenos aplicados pelas prefeituras.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.