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Primeira lente de contato que escurece no sol deve chegar no mercado

Aprovada nos Estados Unidos, a novidade usa a mesma tecnologia dos óculos que se ajustam à luz do ambiente. Saiba mais!

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 10 abr 2023, 17h12 - Publicado em 20 abr 2018, 10h10
lentes de contato coloridas
Conforme a luz se intensifica, a lente de contato escurece um pouco (Foto: Johnson & Johnson/Divulgação)
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O Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula os remédios na terra do Tio Sam, aprovou neste mês as primeiras lentes de contato com grau adaptáveis à iluminação, produzidas pela marca Acuvue, da Johnson & Johnson.

Elas utilizam a tecnologia Transitions, a mesma daqueles óculos de grau que ficam escuros automaticamente quando a iluminação se intensifica – o olho vai ficar um pouquinho escurecido. Graças a isso, essa lente de contato moderna controla a quantidade de luz que os globos oculares recebem.

O produto deverá chegar em breve às farmácias norte-americanas e está indicado para pessoas com miopia, hipermetropia ou alguns graus de astigmatismo. Seu uso é parecido com o das lentes tradicionais: ou seja, é proibido dormir com elas ou armazená-las de qualquer jeito. E elas devem ser trocadas a cada 14 dias.

Antes de aprovar a comercialização, o FDA revisou estudos sobre a segurança desse item. Em um trabalho com 24 voluntários, por exemplo, a lente não alterou a visibilidade ao dirigir, tanto de dia como à noite.

No entanto, há contraindicações. Pacientes com inflamações ou infecções oculares, olho seco ou hipersensibilidade ao produto precisam evitá-la. Essas recomendações, cabe ressaltar, valem para as lentes de contato em geral.

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O que o sol pode fazer com os olhos

O principal problema da abundância de luz, além do desconforto, é o risco degeneração macular. A doença provoca a perda da visão e está associada à idade e à exposição prolongada ao sol. “As lentes de contato vendidas hoje já têm uma leve pigmentação que age como filtro dos raios solares”, comenta Adamo Lui Netto, oftalmologista membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

“O destaque do lançamento é que ele também barra a luz azul ou luz visível. Em excesso, ela pode provocar lesões na córnea e na retina”, comenta Netto.

Diferentemente que se pensa, a luz visível também é emitida naturalmente e não apenas por dispositivos eletrônicos e luzes artificiais. Ela é a responsável pela claridade intensa de um dia de céu azul.

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Sol e câncer nos olhos

A radiação solar não está relacionada ao tumor ocular. E, como as lentes de contato só protegem a retina, outras áreas sujeitas a tumores provocados pelo astro rei ficam desprotegidas, como as pálpebras e a conjuntiva, membrana que reveste o globo ocular. Para prevenir essas mazelas, melhor continuar apostando nos óculos escuros e nos bonés e chapéus.

A luz é bem-vinda

Vale dizer que não é preciso viver no escuro para garantir a saúde dos olhos. Pelo contrário. “Poucos minutos de sol ao dia incitam no corpo a produção de vitamina D, substância que promove a saúde ocular”, aponta Netto.

Fora que a luz regula o relógio biológico do organismo – e faz isso por meio de células que estão localizadas nos olhos. Quando seu corpo está sincronizado, vários problemas de saúde são menos frequentes.

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