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Picada de escorpião: sintomas e o que fazer em caso de ataque

Maioria das picadas é inofensiva, mas em caso de sintomas mais graves como taquicardia, espasmos e dificuldade respiratória, é preciso atenção médica

Por Sílvia Lisboa
21 mar 2024, 16h23

Não se engane: toda a picada de escorpião é venenosa, mas isso não quer dizer que elas sempre vão causar problemas. Isso porque há uma variação na quantidade de veneno expelida no ataque, assim como a relação dele com o peso corporal da pessoa atingida e a sensibilidade individual à peçonha. Em 87% dos casos, segundo o Ministério da Saúde, a picada não traz maiores encrencas. Mas é bom prestar atenção aos sintomas que indicam um risco de complicação.

Os acidentes com escorpiões provocam uma vermelhidão, dor e formigamento imediatos, que devem servir de alerta para buscar ajuda médica especializada caso perdurem por mais de uma hora e se agravem. Em caso de crianças, pode haver tremores, vômitos, salivação excessiva e aumento da pressão arterial.

+Leia também: Picada de aranha: quais os riscos e o que fazer

Em 13% dos casos, as vítimas precisam procurar hospitais públicos de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) para tomar o antiescorpiônico, um soro que bloqueia os efeitos no organismo do veneno. Não há soro em hospitais privados, segundo o Ministério da Saúde.

Em 2021, último ano com dados consolidados, foram registrados mais de 154 mil acidentes com escorpiões no Brasil.

Sintomas da picada de escorpião

A dor é imediata, com sensação de formigamento. Quase não há edemas. Mas os sintomas mais graves, que afetam mais as crianças são:

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  • Agitação
  • Espasmos musculares
  • Movimentos anormais da cabeça, pescoço e olhos
  • Ansiedade e agitação
  • Salivação excessiva
  • Aumento da pressão arterial
  • Vômitos e náuseas

Em adultos, a picada pode provocar um quadro de hipertensão, além de:

  • Aumento da frequência respiratória
  • Fraqueza
  • Espasmos musculares e fasciculações

O que fazer em casos leves e graves

Em casos leves, você deve lavar o local da picada com água e sabão. Apesar do susto, a abordagem busca apenas lidar com a dor, pois não há complicações além do incômodo momentâneo.

Em casos graves, procure imediatamente o hospital de referência do SUS na sua cidade. O Ministério da Saúde lista o local mais próximo em um documento disponibilizado em seu site.

O paciente precisa tomar o antiescorpiônico até uma hora e meia depois da picada. Quando for possível, é recomendado levar o animal responsável pelo ataque para a identificação da espécie, o que facilita o tratamento. Mas só faça isso se a atitude não aumentar o risco de uma nova picada.

Quais são as espécies de escorpiões

O escorpião mais venenoso é o amarelo, encontrado em todas as regiões do Brasil. Existem também o escorpião-marrom, encontrado nos estados da Bahia, Centro-Oeste, Sudeste e Sul; o escorpião-amarelo-do-Nordeste, encontrado mais nessa região, mas também presente em outras partes do país; e o escorpião-preto-da-Amazônia, espécie agressiva da região Norte.

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Esses animais se alimentam de baratas e adoram ambientes urbanos com sujeira acumulada – uma das maneiras de mantê-los longe é garantir a limpeza dos ambientes.

+Leia também: Ataques de escorpião e pragas aumentam nos dias quentes. Como evitar?

No meio rural, esses animais ficam em frestas, embaixo de folhagens e dentro de sapatos. Fique atento sempre na hora de calçá-los e não mexa em folhagens secas sem luvas. Na natureza, os escorpiões têm predadores naturais, que são os lagartos, sapos e aves de hábitos noturnos.

O Ministério da Saúde contraindica o uso de pesticidas para eliminá-los, pois não há eficácia comprovada contra escorpiões. Além disso, sua aplicação pode ajudar a tirar esses animais dos seus esconderijos e aumentar a chance de acidentes.

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