A periodontite, ou doença periodontal, é o estágio mais avançado da gengivite, que geralmente vem de uma higiene bucal inadequada. Mau hálito, sangramentos na boca, escurecimento da gengiva estão entre os sintomas. Para tratar o problema, o dentista chega a usar anti-inflamatórios, antibióticos e até pequenas cirurgias. Conheça seus detalhes abaixo:
Como surge a periodontite
Após anos de gengiva inflamada (resultado da gengivite), os danos se estendem para o periodonto, tecido que fica entre os dentes e a mandíbula. Com isso, o dente vai perdendo o suporte e uma hora cai. Detalhe: esse transtorno só costuma trazer dor quando está em fase avançada, o que dificulta seu diagnóstico.
Para piorar, as bactérias e substâncias inflamatórias que desencadeiam a periodontite podem parar na corrente sanguínea. Aí, provocam uma série de encrencas pelo corpo.
Há, por exemplo, uma associação entre periodontite e infarto. Também se estuda sua ligação com certos tipos de câncer.
Mulheres são mais propensas a desenvolver a enfermidade porque a gengiva feminina está sujeita a variações hormonais do ciclo menstrual, da gravidez, da menopausa…
Esse sobe-e-desce de hormônios interfere, entre outras coisas, na intensidade de processos inflamatórios, como o da periodontite.
Sintomas e sinais
- Mau hálito
- Inflamação gengival
- Sangramentos na boca (especialmente durante a escovação)
- Gengivas com cor mais escura
- Dores
Causas e fatores de risco da periodontite
- Gengivite
- Obesidade
- Histórico familiar
- Tabagismo
- Medicamentos que reduzem a produção de saliva
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
- Doenças que afetam o sistema imunológico, como a aids
- Diabetes
- Alterações hormonais
Como prevenir
A regra básica é marcar visitas regulares ao dentista — a frequência exata varia de pessoa para pessoa. Esse profissional flagra uma eventual gengivite nos seus primeiros passos, antes que evolua para a periodontite.
E, claro, não dá para se esquecer da higiene bucal. O uso de escova de dente e fio dental após cada refeição impede que as bactérias fixem moradia na gengiva.
O diagnóstico
Ele é feito no consultório. O dentista avalia o estado das gengivas, verifica se há sangramentos e pergunta sobre outros sintomas.
Entretanto, como a periodontite não acarreta dor em suas fases iniciais e muitas pessoas não visitam o odontologista, o diagnóstico tende a ser firmado tardiamente. Nessas situações, é preciso complementar a análise clínica com radiografias que medem a perda óssea.
Eventualmente, o especialista recorre até a uma sonda para checar a profundidade das cavidades na gengiva.
O tratamento da peridontite
Além de uma limpeza minuciosa no consultório, o dentista pode receitar anti-inflamatórios, antibióticos e bochechos com enxaguantes bucais antissépticos. Algumas vezes, é necessário fazer uma pequena cirurgia para higienizar as áreas mais prejudicadas da gengiva e do osso.
Infelizmente, o tratamento só controla o avanço da doença. Tecidos degenerados dificilmente são reconstruídos.