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Os vencedores do Prêmio Autocuidado em Saúde ACESSA 2023

Em sua segunda edição, foram reconhecidos projetos que promovem o engajamento da população em atitudes em prol da própria saúde e qualidade de vida

Por Abril Branded Content
Atualizado em 7 dez 2023, 11h45 - Publicado em 6 dez 2023, 09h45
 (Istock/Divulgação)
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Numa iniciativa que vai virando tradição, a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA) reconheceu trabalhos desenvolvidos em diferentes regiões do país com potencial para fomentar a consciência do autocuidado como estratégia para a manutenção da saúde e bem-estar físico e mental.

Lançada no dia 24 de julho, em que se celebra mundialmente o Dia Internacional do Autocuidado, a premiação este ano trouxe uma novidade: o Reconhecimento Especial, destinado a comunicadores dedicados a divulgar informação de qualidade relacionada ao tema. “Com imensa satisfação anunciamos que, neste ano, introduzimos essa categoria extraordinária. Como formadores de opinião, acreditamos que profissionais de comunicação podem fornecer a conscientização sobre a importância do autocuidado para o bem-estar físico e mental de toda a população. A informação de qualidade é, afinal, um dos pilares do autocuidado estipulados pela International Self-Care Foundation”, afirma Marli Sileci, presidente executiva da ACESSA.

Ao se debruçar na análise dos trabalhos, um júri de experts em diferentes áreas do conhecimento considerou critérios como abrangência e aplicabilidade, impacto e relevância, inovação e capacidade disruptiva, além do emprego de tecnologia. Numa primeira etapa, os votos elegeram três finalistas em cada categoria.

Em Comunicação em Saúde e Autoconhecimento, mereceu destaque uma cartilha elaborada pelo Instituto Vita Alere, de São Paulo, com orientações a jornalistas e também à população em geral a fim de evitar equívocos ao divulgar notícias sobre ataques violentos ocorridos em escolas. Outro finalista é resultado de trabalho realizado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP): um podcast que tira dúvidas sobre saúde mental.

O terceiro representante da categoria, uma plataforma que apoia mulheres na jornada da maternidade, foi desenvolvido pela startup Mãe-Estar. Os votos vieram de Diogo Sponchiato, jornalista, redator-chefe de VEJA SAÚDE; Lis Leão, pesquisadora sênior do Centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein; e Rogério Malveira Barreto, médico e empreendedor de impacto social na Pulsares, empresa de impacto social focada em letramento em saúde.

Para avaliar os trabalhos em Promoção à Saúde, o prêmio contou com Márcio Atalla, formado em educação física e nutrição, consultor de qualidade de vida em empresas, colunista em programas de rádio e jornais; Vanderli Marchiori, nutricionista e fisioterapeuta, fundadora da Associação Paulista de Fitoterapia (Apfi t), vice-presidente fundadora da Associação Brasileira de
Nutrição em Saúde Mental (ABNuSM) e conselheira da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE); e Maisa Kairalla, geriatra, presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e coordenadora do Ambulatório de Gerontologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O parecer do júri resultou na indicação, entre os finalistas, de um guia digital para ajudar a evitar quedas em casa criado pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). Já a seguradora SulAmérica foi reconhecida pela campanha que promove a prática de exercícios físicos por meio de desafios gamificados e recompensas. E a organização Saúde Contato, do Rio de Janeiro, uma das vencedoras do ano passado, mais uma vez se destacou com um programa que capacita adolescentes para o autocuidado.

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Em Uso Racional de MIPs e Outros Produtos, a tecnologia foi ponto comum das soluções apresentadas pelos finalistas. É o caso de um aplicativo que auxilia o cotidiano de pacientes com epilepsia, seus cuidadores e médicos concebido pela Epistemic. A Seguros Unimed e a Unimed Odonto, por sua vez, foram finalistas com uma consultora virtual para saúde bucal. E mais um aplicativo garantiu lugar na galeria da premiação, este voltado para controle da incontinência urinária em homens que passaram por cirurgia de próstata – criado por profissionais da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG) e do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (INF/UFG). Os jurados da categoria foram Gonzalo Vecina, médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP; Carlos R.F. Bara, consultor de marketing, doutor em administração de empresas pela USP, mestre em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV-SP); e Rafael S. Santana, farmacêutico e mestre pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), doutor e atualmente professor adjunto da Universidade de Brasília (UnB).

“O 2º Prêmio de Autocuidado da ACESSA é um tributo à valorização da saúde integral, reconhecendo a importância vital de cuidar de si mesmo com consciência e informação de qualidade. O autocuidado não é um luxo, mas uma necessidade essencial para promover o equilíbrio físico, mental e emocional na sociedade. E, além dos ganhos próprios, conseguimos garantir a sustentabilidade dos sistemas público e privado de saúde”, explica Marli Sileci, presidente executiva da ACESSA.

Na segunda etapa do processo de avaliação, todo o conjunto de jurados participou da apuração dos grandes vencedores, incluindo o nome premiado em Reconhecimento Especial, escolhido entre os três finalistas indicados pela organização da premiação: Renata Veneri, criadora do projeto Cicatrizes – O Movimento da Doação, que tem como meta disseminar a cultura da doação de órgãos no Brasil; Gracielly Bittencourt Machado, autora da ação Conhecimento É Vacina Contra a Desinformação, que defende o investimento em educação para combater fake news em saúde; e Mariana Ferrão, com conteúdos e experiências de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.

O anúncio do vencedor de cada categoria foi feito em cerimônia realizada no dia 5 de dezembro, em São Paulo, e você vai conhecer todos eles a seguir.

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COMUNICAÇÃO EM SAÚDE E AUTO-CONHECIMENTO

Mãe-Estar: plataforma oferece apoio na jornada da maternidade

Autoras: Aline F. Pedrazzi, Thais Filgueiras Sobral Vieira, Liliana Seger, Daniel Fatori, Pedro Zuccolo e Ana Carolina Santos do Amaral Lima
Instituição: Mãe-Estar (SP)

Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma a cada quatro mães brasileiras sofre de depressão pós-parto, condição com potencial para impactar suas vidas e o desenvolvimento pleno de seus filhos. Para colaborar com a mudança desse cenário, a startup Mãe-Estar lançou a plataforma homônima para promover saúde mental a mulheres na jornada da maternidade. “O ponto de partida foi criar um programa por meio do qual as mães tivessem apoio o mais cedo possível, porque é muito difícil pedir ajuda, em razão do medo e vergonha de revelar as dificuldades, o que acaba levando ao adoecimento mental”, diz a fisioterapeuta Aline Pedrazzi. Ela usou a própria experiência ao dar à luz a primeira filha para elaborar o programa, que tem como pilares sensibilização e diagnóstico, rastreio, acolhimento, educação em saúde, intervenção e monitoramento. Implementada em uma empresa no interior de São Paulo, Mãe-Estar já apresentou resultados promissores: das mulheres elegíveis para o protocolo que aderiram às ações, 75% saíram da faixa de risco, melhorando seus escores de bem-estar e depressão no período que compreende a gravidez, o parto e o puerpério. Além do impacto social, a iniciativa contribui para redução de custos para empregadores e sistemas de saúde, com diminuição de complicações, como parto prematuro, afastamentos, absenteísmo e demissões após licença-maternidade. “Em breve vamos lançar o aplicativo. A ideia é nos firmarmos como referência de informações confiáveis no mundo da maternidade”, conta Aline.

PROMOÇÃO À SAÚDE

Casa Segura: guia digital para evitar quedas em casa

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Autores: Sergio Setsuo Maeda, Marise Lazaretti Castro, Gabriel Casadei Pietraroia, Júlia Guibu Vannucchi, Rodrigo Chedid e Luisa Cerioni Souto Vilhena
Instituição: Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso)

Uma ferramenta virtual e gratuita, com dicas em texto e áudio de como adaptar os ambientes para necessidades especiais que surgem com o envelhecimento e as dificuldades motoras. “Com
o aumento da expectativa de vida da população, cresce também a ocorrência de osteroporose e, como consequência, de fraturas em razão de quedas”, justifica o médico Sergio Maeda, presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), responsável pela Casa Segura Virtual, um guia elaborado com o objetivo de diminuir riscos de quedas que acontecem sobretudo com o avançar da idade. Com cômodos montados originalmente num parque de São Paulo, a casa demonstrou o desconhecimento das pessoas em relação ao tema e despertou nos visitantes o interesse em saber como escapar de tropeços que podem resultar em tombos, dores e redução de mobilidade. Transportada para o mundo virtual, alia o conhecimento científico da Abrasso e recursos da arquitetura para indicar adaptações que podem ser feitas pela escolha correta do mobiliário, organização dos utensílios e pequenas reformas. Ao passear pelos cômodos, o indivíduo recebe sugestões sobre como é a melhor forma de instalar barras de apoio no banheiro, usar um carrinho para transportar utensílios da cozinha até a mesa de refeição e evitar calçados espalhados no quarto. A meta dos criadores é ampliar o acesso a esse tipo de informação e colaborar para o engajamento nos cuidados visando a saúde óssea e seus desdobramentos.

USO RACIONAL DE MIPS E OUTROS PRODUTOS

Epistemic: aplicativo auxilia pacientes com epilepsia

Autores: Paula Renata Cerdeira Gomez, Conrado Leite de Vitor, Hilda Cerdeira e Giuliano Leite de Vitor
Instituição: Epistemic

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 65 milhões de pessoas no mundo, 4 milhões delas no Brasil, têm epilepsia, e uma parte desse grupo não responde a tratamentos. O medo das crises restringe as atividades dos pacientes e deixa em alerta constante os cuidadores. Os médicos, por sua vez, relatam dificuldades no acompanhamento dos casos por falta de registros precisos dos episódios. A solução tecnológica desenvolvida pela Epistemic é composta por um eletroencefalograma vestível e sem fio, para exames em casa, um aplicativo e uma plataforma web para os médicos. “O aplicativo, além de colaborar para o autoconhecimento dos pacientes, é um recurso valioso em áreas remotas. A pessoa pode fazer um acompanhamento com especialista sem a necessidade de se deslocar para atendimento em grandes centros”, observa Paula Renata Cerdeira Gomez, cofundadora e CEO da Epistemic. O histórico de crises, sono, atividade física e medicamentos gera um diário digital, com relatórios compartilhados com profissionais de saúde, resultando em mais aprendizagem sobre a doença, melhora na qualidade de vida e maior adesão ao tratamento. De quebra, os dados acumulados na nuvem podem constituir rico material para pesquisa na área de epilepsia. “Desenvolvemos também um algoritmo para analisar essas informações e estamos iniciando testes clínicos para avaliar o uso de inteligência artificial na geração de relatórios ainda mais detalhados para o médico e de orientações para o paciente”, finaliza Paula.

RECONHECIMENTO ESPECIAL

Conhecimento é vacina contra a desinformação
Autora: Gracielly Bittencourt Machado

Atuando como jornalista desde 2009, nos últimos cinco anos Gracielly percebeu que compreender o fenômeno da desinformação é um novo desafio que os profissionais de comunicação devem enfrentar. O projeto surgiu da percepção de que não é possível combater as chamadas fake news sem investir em educação. Considerando que as vacinas em geral se tornaram alvo de constantes ataques, e a situação se agravou muito durante a pandemia de Covid-19, o que representou um risco em potencial para a vida de milhares de pessoas, a jornalista passou a realizar oficinas sobre checagem de fatos para adolescentes de Ceilândia, região muito populosa e carente de Brasília. “Já realizamos as ações também em escola da área rural e, ainda em 2023, ocorrerá a terceira edição, esta no Núcleo Bandeirantes”, diz Gracielly. O propósito é treinar alunos a reconhecer e verificar notícias falsas e a colocar em prática o que aprenderam por meio de divulgação nas redes sociais. “O foco por enquanto tem sido em vacina, porque a desinformação tem afetado a imunização contra o HPV, crucial no combate ao câncer de colo de útero”, explica. Durante os workshops, os estudantes foram desafiados a fazer o conhecimento adquirido chegar a outros jovens do bairro. O resultado foi um conjunto de textos, fanzines, cards para redes sociais, além de vídeos para TikTok e Instagram que se espalharam para centenas de outros adolescentes conectados a redes físicas e digitais dos alunos. “São jovens falando para jovens. A linguagem aproxima e o conhecimento chega mais facilmente”, observa a jornalista.

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