Com pouco mais de 700 mil mortes no Brasil em três anos, e quase 7 milhões de óbitos em todo mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anuncia que a pandemia do coronavírus deixa de ser uma emergência global.
Como há riscos de novas variantes surgirem, a doença segue sendo monitorada de perto. Ainda assim, trata-se de um momento de alívio, e que certamente entrará para a história.
A decisão veio após uma reunião com o Comitê de Emergência para a Covid-19, quando foram analisados os números de internações em UTI e mortes. Esses índices estão em franca queda no planeta.
Em nota, a OMS afirma que “há evidências da redução dos riscos à saúde humana impulsionados principalmente pela alta imunidade da população”. Essa proteção tem a ver com a vacinação, a própria infecção ou ambas as situações.
Há ainda um melhor gerenciamento dos casos confirmados. E, embora, o Sars-CoV-2 continue a sofrer mutações, as cepas circulantes atualmente (como a Arcturus) não parecem estar associadas ao aumento da gravidade da doença.
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Segundo a entidade, foram administradas 13,3 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 no mundo.
“Atualmente, 89% dos profissionais de saúde e 82% dos adultos com mais de 60 anos completaram a série primária (com uma ou duas doses iniciais), embora a cobertura nesses grupos prioritários varie em diferentes regiões”, relatou o Comitê.
Para manter o coronavírus sob controle, a OMS divulgou uma cartilha com recomendações voltadas a população, governos e profissionais de saúde.
Os principais pontos são:
1- Sustentar as conquistas contra o coronavírus e ter um plano de contingência para conseguir domar possíveis novos surtos.
É preciso se preparar para encarar outros tipos de patógenos respiratórios, inclusive. O órgão ainda pede esforços para retomar os programas de saúde afetados negativamente pela pandemia.
2- Integrar a vacinação contra a Covid nos programas de imunização ao longo da vida, mantendo esforços para aumentar a cobertura vacinal.
3- Reunir dados de vigilância sobre novos vírus respiratórios para permitir um conhecimento abrangente da situação. Os países devem enviar relatórios de dados de mortalidade e morbidade, bem como informações sobre novas variantes do coronavírus.
4- Estar preparado para autorizar, com agilidade, medidas de saúde importantes, como aquelas relacionadas a uso de vacinas, tratamentos e diagnósticos.
5- Manter o trabalho de comunicação com líderes de comunidades para evitar notícias falsas ou falta de informação sobre questões de saúde.
6- Seguir de olho em viagens internacionais, com base em avaliações de risco. O órgão informa que não é necessário exigir prova de vacinação contra Covid-19 como pré-requisito para entrar em algum país.
7- Manter o apoio à pesquisa para melhorar as vacinas que reduzem os riscos de transmissão e têm ampla aplicabilidade.