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O que é melanoma? Brasileiros desconhecem o câncer de pele mais letal

Pesquisa revela que a maioria da população não sabe o que é esse tumor e quais seus sintomas e causas

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 19 out 2018, 15h51 - Publicado em 15 Maio 2018, 17h47
o que é melanoma metastático e quais os sintomas
Melanoma é o câncer de pele mais letal, apesar de não ser o mais comum. (Foto: Eduardo Svezia/SAÚDE é Vital)
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Divulgada em maio, Mês da Conscientização do Câncer de Pele, uma pesquisa do Instituto Datafolha – encomendada pela farmacêutica Bristol-Myers Squibb – revela que 78% da população brasileira entrevistada não sabe o que é melanoma. Os dados preocupam porque, apesar de ser um tipo menos comum de tumor de pele, ele é o que mais mata.

Então… o que é melanoma?

Trata-se de um câncer que se origina nos melanócitos, as células produtoras de melanina (substância que determina a cor da pele). Ele é especialmente perigoso porque tem uma capacidade considerável de se disseminar para outros tecidos do corpo. Ou seja, se não detectado precocemente, gera metástases que tornam o quadro mais sério.

De acordo com Agência Internacional de Pesquisa Sobre o Câncer (Iarc), da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 200 mil novos casos de melanoma são registrados por ano no mundo. No Brasil, a previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é a de que 6 260 pessoas receberão o diagnóstico da doença em 2018.

Isso representa apenas 3% de todos os casos de câncer de pele. Porém, segundo dados do Inca, o número de mortes provocadas por melanoma (1 547) quase equivale ao de todos os outros tumores de pele juntos (1 769), o que reforça o conceito de ser uma enfermidade menos comum, porém muito mais perigosa.

O melanoma tem predominância em adultos brancos. A exposição ao sol e o histórico familiar também são fatores importantes. Entre os sintomas, destacam-se manchas na pele, feridas que não cicatrizam e pintas que mudam de aparência.

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Se flagrado em estágio inicial, as chances de cura são consideráveis. E o recado positivo é que, nos últimos anos, surgiram armas que aumentaram bastante o tempo e a qualidade de vida mesmo dos pacientes com melanoma metastático (disseminado para outros órgãos do corpo). Esses medicamentos pertencem à imunoterapia.

Mais sobre a pesquisa

O estudo do Datafolha reuniu 2 077 brasileiros do país inteiro. Os respondentes, entrevistados pessoalmente, tinham mais de 16 anos e havia representantes de todas as classes econômicas.

Além de reportar um desconhecimento sobre o melanoma de forma geral, o levantamento mostra que a população não consegue identificar corretamente as causas da doença. O único vilão destacado pela maioria dos voluntários foi a exposição excessiva à radiação ultravioleta – 86% das respostas incluíram esse fator.

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As menções a herança genética (36%), excesso de pintas no corpo (36%) e etnia (20%), importantes fatores de risco, ficaram abaixo do desejado. Aí que está: principalmente o pessoal que se encaixa em algum desses itens deveria conversar com um médico a respeito do problema.

Sobre os sintomas, 77% dos respondentes afirmaram que o melanoma pode se manifestar na forma de manchas na pele. Entretanto, não mais do que 39% citaram machucados na pele que não cicatrizam como outro sinal.

E, com falta de informação, a chance de detectar um câncer de pele nos seus primeiros passos cai bastante. Uma pena: como já dissemos, o diagnóstico precoce é uma das principais armas para se livrar do melanoma.

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Por isso, não deixe de usar protetor solar, fique atento a qualquer pinta diferente na pele e consulte o dermatologista regularmente.

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