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Calázio: o que é, quais são as causas e como é o tratamento

O problema, caracterizado pelo surgimento de uma bolinha nas pálpebras, muitas vezes é confundido com terçol

Por Fabiana Schiavon
5 abr 2023, 18h14
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  • Calázio é uma inflamação causada pela obstrução de uma das glândulas dos olhos. O resultado é uma bolinha na pálpebra associada à vermelhidão na região.

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    É perto dos cílios que nossos olhos possuem as glândulas chamadas de meibômio (dentro da pálpebra), e a dupla zeis e moll (na base do cílio). Elas são responsáveis pela produção de uma espécie de óleo que ajuda o olho a se manter hidratado.

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    Quando uma dessas glândulas acumula secreção e entope de vez, cria-se esse cisto, que é indolor, mas que atrapalha a visão e o bem-estar.

    As diferenças entre calázio e terçol

    No terçol (ou hordéolo) também há o entupimento de glândulas, só que a área é atacada por bactérias, causando uma infecção.

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    + Leia também: Uveíte: doença séria que é confundida com conjuntivite

    À primeira vista, os quadros (calázio e terçol) podem ser confundidos. Mas há algumas diferenças entre eles.

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    O terçol dá uma sensação de que o olho está quente, e há dor. “No calázio, os efeitos são mais estéticos”, descreve Thais Borges, oftalmologista do Hospital dos Olhos.

    Pode ocorrer de a bolinha ser grande a ponto de fazer a pálpebra cair e pressionar a córnea. Esse movimento é capaz de distorcer temporariamente a visão, como um astigmatismo.

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    O calázio pode surgir como consequência de um terçol que não foi completamente curado. A infecção é resolvida, a dor some, mas a glândula se mantém obstruída. “O terçol vira um cisto e se torna crônico”, resume Fabiana Blasbalg, oftalmologista do Alta Diagnósticos.

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    Só um médico pode dar a certeza do diagnóstico. É importante procurar ajuda, porque há outras doenças que deixam os olhos inchados. E se o terçol e o calázio não são contagiosos, a conjuntivite é bastante transmissível e aí é preciso se isolar.

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    Causas do calázio

    A principal causa do calázio é a blefarite, uma inflamação que ataca a região dos cílios. Ela forma um tipo de caspa que obstrui a glândula lacrimal, deixando a região vulnerável. Essa condição também é uma das provocadoras da síndrome do olho seco.

    Estresse e baixa imunidade são motivos que abrem espaço para danos nos olhos. Além disso, pessoas com rosácea e alergias têm predisposição ao calázio.

    + Leia também: Danos aos olhos que são reflexo da pandemia

    Não retirar a maquiagem antes de dormir é outro fator que favorece a obstrução das glândulas lacrimais.

    Uma descoberta que ocorreu na pandemia foi que o uso incorreto de máscaras pode contribuir para inflamações oculares.

    “Quando ela é bem utilizada, ajustada ao rosto, o ar não vaza. Mas quando ela fica frouxa, a respiração escapa por cima e vai direto para os olhos, o que interfere na flora bacteriana da região”, explica Fabiana.

    Quando a inflamação ocular é constante, o médico investiga e trata outras causas que podem estar por trás do problema.

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    Como prevenir o calázio?

    Evitar o calázio, como também o terçol, é mais simples do que se imagina.

    Basta criar o hábito de lavar os cílios para ajudar as glândulas a dispensarem lágrima e secreção livremente. Isso pode ser feito com xampu infantil.

    “Para impedir as obstruções, a ideia é limpar os cílios mesmo, não só jogar uma água no rosto”, defende Fabiana.

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    É crucial tirar a maquiagem antes de dormir. Mas não só: é comum ver pessoas usando o lápis de olho na linha d’água, quando é indicado fazer o traço embaixo e acima dos cílios.

    Como é o tratamento

    Muitas vezes, o calázio some sozinho. É só manter uma boa higienização do local, aproveitando para fazer uma massagem nas pálpebras.

    Se a bolinha não desaparecer, existem outras possibilidades. “Há pomadas ou colírios anti-infamatórios que ajudam na diluição da secreção. É preciso aguardar e observar. Se não resolver, a próxima tentativa é de drenar a inflamação”, ensina Thais.

    Essa drenagem pode ocorrer durante uma cirurgia. Nesse caso, realiza-se um corte para remover a secreção.

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    Outra forma de fazer a drenagem é recorrer a uma injeção de corticoide. No entanto, essa alternativa é polêmica entre os médicos devido a possíveis complicações.

    “São eventos raros, mas há possibilidade de oclusão de artérias da região, por exemplo. Por isso, a ideia é não banalizar o procedimento”, defende Fabiana.

     

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