Desde que a campanha do Outubro Rosa se popularizou mundo afora, o câncer de mama virou assunto corriqueiro nas reportagens de TVs, rádios, jornais, revistas e sites. Mas será que essa divulgação toda auxilia mesmo a flagrar a doença precocemente? Afinal, mulheres mais antenadas descobrem o tumor com antecedência? Foram essas questões que o jornalista e pesquisador José de Moura Leite Netto resolveu investigar em sua tese de doutorado no A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo.
Para isso, ele entrevistou 607 pacientes de 35 a 74 anos que tinham acabado de receber um diagnóstico positivo. “O trabalho mostra claramente que as pacientes com mais acesso à informação tiveram uma detecção precoce, o que significa tratamento mais tranquilo e maiores chances de cura”, resume Netto.
O autor ainda aponta a necessidade de aumentar o acesso aos meios de comunicação sérios. “É preciso ampliar a oferta de produtos jornalísticos sobre saúde, especialmente às classes sociais menos favorecidas”, diz.