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Maus hábitos elevam risco de perda auditiva em 1 bilhão de jovens no mundo

Uso exagerado de fones de ouvido e presença em ambientes com barulho muito alto estão entre os fatores a serem evitados para prevenção

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
Atualizado em 22 dez 2022, 15h24 - Publicado em 22 dez 2022, 15h23

Cerca de um bilhão de jovens entre 12 e 34 anos no mundo correm o risco de perder a audição pelo mau uso de fones de ouvido e/ou por frequentar ambientes com som muito alto. Os resultados estão em um megaestudo publicado no “British Medical Journal”, que fez uma revisão de artigos que analisaram dados de quase 20 mil pessoas entre 2000 e 2021.

A pesquisa avaliou as chamadas “práticas inseguras de escuta”, considerou os níveis de ruído e a duração da exposição ao som. Os pesquisadores constataram que 24% dos jovens já fizeram um mau uso dos equipamentos individuais, como fones, e quase metade deles se divertiram em locais barulhentos demais.

A partir desses números, foi calculada a estimativa global do problema. Os autores chamaram a atenção para os fatores de risco modificáveis, capazes de prevenir as lesões.

“O estudo certifica o que temos visto na prática”, diz o otorrinolaringologista Paulo Henrique Dias Mattos, do Hospital Israelita Albert Einstein, em Goiânia. O risco da perda auditiva está relacionado ao volume, à duração e à frequência da exposição ao ruído.

+ Leia também: Poluição sonora: um problema do barulho (e de saúde pública)

Calcula-se que o limite seguro para evitar danos é de 80 decibéis durante 40 horas por semana. Se o volume aumenta, o tempo de exposição deve ser menor. Fones de ouvido, por exemplo, podem atingir 105 decibéis; já nas festas, a música pode ficar entre 104 e 112.

“É importante ressaltar que essa exposição se soma a uma poluição sonora que também agride nosso sistema auditivo”, acrescenta Mattos.

O excesso de ruído causa lesões neurossensoriais que afetam o nervo auditivo. A exposição contínua – ou mesmo eventual – de forma excessiva pode causar danos que vão se acumulando ao longo da vida. Na grande maioria dos casos, a perda é definitiva.

“O que se pode fazer é evitar a progressão. Se esses jovens já têm um comprometimento precoce, na velhice o prejuízo pode ser ainda maior”, diz o especialista.

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Sinais de alerta

A perda auditiva pode ocorrer por fatores genéticos, infecções e pelo próprio envelhecimento, entre outros. Nas crianças, está associada muitas vezes a um mau desempenho acadêmico. Nos adultos, ouvir mal pode levar a declínio cognitivo, prejuízo psicossocial e até queda de renda, segundo o artigo.

Na maioria das vezes, a própria pessoa não percebe a perda. Entre os sinais de alerta, está a necessidade de ficar repetindo informações, o costume de aumentar muito o volume para ouvir bem ou a existência de algum zumbido frequente ou constante.

Deve-se manter os fones de ouvido bem ajustados e optar por um volume mais baixo para evitar as lesões. Em shows e festas, por exemplo, é importante evitar ficar ao lado de caixas de som. Em locais muito ruidosos, como fábricas, é fundamental sempre utilizar protetores como tampões.

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Esse texto foi publicado originalmente pela Agência Einstein.

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