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Mais pessoas poderão tomar a vacina pneumocócica-13 pelo SUS

Ministério da Saúde amplia acesso a imunizante, em caráter temporário, até 31 de agosto de 2021. Saiba o porquê da mudança e quem pode tomar a vacina agora

Por Maria Tereza Santos
14 jun 2021, 18h32

O Ministério da Saúde ampliou temporariamente o grupo de pessoas que podem recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para tomar a vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC13), da Pfizer, que protege contra 13 tipos da bactéria Streptococcus pneumoniae – esse agente é causador de pneumonias, meningites e otites. A aplicação vai até o dia 31 de agosto de 2021.

A VPC13 agora está disponível para indivíduos com:

Asma persistente moderada ou grave
Diabetes
● Fibrose cística
● Hepatopatias crônicas
● Trissomias (como Síndrome de Down)
● Doenças neurológicas crônicas incapacitantes (como Alzheimer, distrofia muscular e esclerose múltipla)
● Fístula liquórica e derivação ventrículo-peritoneal (DVP)
● Imunodeficiências congênitas
● Nefropatias crônicas e síndrome nefrótica

Além disso, crianças com idade entre 12 meses e 5 anos poderão se imunizar se forem portadoras do HIV, pacientes oncológicos, transplantados de órgãos sólidos e de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) ou se tiverem alguma das condições citadas acima.

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O pneumologista Mauro Gomes, chefe da equipe de Pneumologia do Hospital Samaritano, em São Paulo, explica que, devido à pandemia de coronavírus, muita gente não foi receber a pneumocócica e, assim, sobraram várias doses. Daí o motivo da mudança.

“Há um número grande de vacinas paradas e que, se não forem aplicadas, irão vencer. Ampliar esses grupos é uma atitude muito inteligente”, comenta Gomes, que também é professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa, na capital paulista.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) já havia ampliado, em janeiro de 2021, a indicação para portadores de imunodepressão por doença de base e/ou terapêutica, asplenia anatômica ou funcional, pneumopatias, cardiopatias e implante coclear.

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Quem já conseguia tomar a VPC13

Antes das ampliações, a VPC13 já era oferecida gratuitamente a idosos e também pacientes com HIV, oncológicos e transplantados de medula e de órgãos sólidos, a partir dos 6 anos de idade.

“Ela é aplicada em apenas uma dose e é necessário que o médico faça uma prescrição, indicando que a pessoa integra um grupo de risco”, informa o pneumologista. Na rede privada, o imunizante está disponível a toda a população. Para as crianças, o esquema vacinal é um pouco diferente, como explicaremos mais adiante.

Cabe avisar que a VPC13 não é aplicada nos postos de saúde, apenas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). Caso não exista um na sua cidade, o médico faz uma solicitação para que o Crie do Estado envie doses para seu município. Aí, sim, dá para tomar no postinho.

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As outras vacinas pneumocócicas e as diferenças entre elas

Além da VPC13, há a pneumocócica conjugada 10-valente (VCP10) e a pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23). Todas protegem contra a S. pneumoniae. A diferença está no número de sorotipos da bactéria que cada uma contempla.

“A VPP23 previne os 23 tipos principais de pneumococo. Só que é uma tecnologia antiga, que não dá imunidade permanente. Passados cinco anos, ela perde o efeito”, explica Gomes.

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Já a VPC10 e a VPC13 são baseadas em tecnologias mais recentes e oferecem imunidade permanente contra 10 e 13 tipos de pneumococo, respectivamente.

Enquanto as crianças portadoras daquelas condições especiais tomam a VPC13 nos Cries, o restante da meninada pode receber esse imunizante na rede privada ou a VPC10 nos postos de saúde.

Nessa faixa etária, o esquema vacinal é o mesmo para os dois imunizantes: três picadas aos 2, 4 e 6 meses de vida, e um reforço entre 12 e 15 meses.

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Os meninos e meninas entre 1 e 2 anos que não obedecerem a esse esquema precisam tomar duas doses com intervalo de dois meses. Já quem tiver de 2 a 5 anos de idade, leva apenas uma injeção.

Agora, todos os pacientes dos grupos especiais que receberam a VPC13 devem aplicar a VPP23 duas vezes, também nos Cries: uma após seis a 12 meses, e a outra cinco anos depois da primeira VPP23. Como contamos, embora a tecnologia seja mais antiga, essa é a vacina mais completa.

Gomes deixa um último recado. Ele conta que algumas pessoas acham que, ao tomar as pneumocócicas, estão prevenindo a pneumonia causada pelo coronavírus. “É importante frisar que a utilização desse imunizante não protege contra a Covid-19“, alerta.

Por fim, lembre-se que ela pode ser aplicada 15 dias antes ou 15 dias depois da injeção contra a Covid.

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