Incontinência urinária: saiba as 3 formas principais de tratar
Técnicas menos ou mais invasivas podem ser aplicadas, a depender da gravidade do caso

A incontinência urinária é um problema mais comum do que parece: estima-se que 5% da população, um número que no Brasil equivale a mais de 10 milhões de pessoas, sofra com ela em alguma medida.
A dificuldade é ainda maior após os 40 anos, atingindo 45% das mulheres e 15% dos homens nessa faixa etária, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Os escapes de urina prejudicam muito a qualidade de vida, gerando constrangimentos e emergências em situações nas quais nem sempre é possível contornar o embaraço – como quando a incontinência acontece em público. Por isso, muita gente busca alguma forma de driblar o problema. Afinal, só cirurgia resolve a questão?
Conheça as três abordagens principais para enfrentar a incontinência urinária, da menos à mais invasiva.
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1. Fisioterapia pélvica
A realização de exercícios focados no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico tem apresentado bons resultados para mulheres com casos de incontinência urinária de urgência, aquela em que surge uma necessidade súbita de fazer xixi, em contraposição à incontinência de esforço, relacionada a impactos físicos (como o próprio esforço, ou rir e espirrar, por exemplo).
Dependendo das características do caso, ela também pode ajudar na incontinência de esforço. Os exercícios devem ser feitos conforme orientação profissional, de modo a realizar os estímulos corretos para prevenir escapes.
2. Medicamentos
É comum que remédios sejam empregados em conjunto com a fisioterapia, para obter resultados melhores. Eles também podem ser utilizados isoladamente, conforme avaliação médica e as características do caso. Os medicamentos, de modo geral, buscam auxiliar com casos de bexiga hiperativa.
Algumas adequações de hábitos, como evitar bebidas com efeito diurético (como o café e alguns tipos de chás), evitar o cigarro e realizar exercícios físicos com menos impacto podem contribuir para o sucesso de abordagens mais conservadoras.
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3. Cirurgia
Em alguns casos, porém, técnicas não invasivas podem não oferecer o desfecho desejado por quem sofre com a incontinência urinária.
É mais comum precisar de cirurgia quando se trata de uma incontinência por esforço, especialmente quando ela está relacionada a alguma lesão – em homens, por exemplo, a dificuldade de segurar o xixi pode ser consequência de cirurgias na próstata.
O tipo específico de intervenção pode variar conforme o caso e as características da incontinência. O objetivo é dar um reforço ao assoalho pélvico e à uretra, como com a aplicação de um “sling” (fita sintética) que ajuda no controle da urina.
Mas outros procedimentos podem ser mais indicados de acordo com a situação. Somente um médico pode fazer a avaliação e determinar a melhor alternativa.