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Gravidez química: quando o teste dá positivo mas a gestação não avança

Fecundação do óvulo é suficiente para provocar alterações hormonais detectáveis em exames de gravidez, mas isso não garante que o embrião vai se desenvolver

Por Maurício Brum
13 Maio 2025, 09h10
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Na gravidez química, já é possível detectar o HCG em testes de farmácia (Freepik/Freepik)
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A gravidez química pode ser responsável por falsos positivos em testes de farmácia.

Ela ocorre quando os hormônios (na urina e no sangue) indicam que uma gravidez se iniciou, mas o embrião não consegue se implantar corretamente nem se desenvolver do modo adequado.

Quando essa situação ocorre, o normal é enfrentar uma menstruação atrasada que pode parecer mais intensa. Por ocorrer logo após a fecundação, também é comum que muitas mulheres que já vivenciaram uma gestação química sequer tenham descoberto isso.

Entenda mais sobre essa situação.

+Leia também: Não é só gravidez: 10 razões para a menstruação atrasada

O que caracteriza uma gravidez química?

A gravidez química é uma situação em que o óvulo é fecundado, dando início à produção do hormônio beta-HCG, um marcador que tipicamente indica o início de uma gestação.

O hormônio pode ser detectado tanto em testes de farmácia quanto em exames de sangue, o que pode render um alarme falso: a gravidez não vai adiante (e é caracterizada como química) quando o embrião não se implanta e interrompe seu desenvolvimento.

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Esse resultado positivo efêmero pode gerar muita expectativa e frustração, especialmente em pessoas que estão tentando engravidar. Caso esse seja seu caso, o recomendado é não se deixar levar pelo resultado do primeiro teste. Alguns médicos sugerem fazer um novo exame de sangue após alguns dias para ver se a contagem do HCG segue subindo, por exemplo.

A recomendação de refazer o exame é reforçada em casos de fertilização in vitro. Nessas situações, como a pessoa realiza o acompanhamento em datas “ideais” para conferir os níveis mais elevados de HCG, a chance de acabar detectando uma gravidez química é maior. É fundamental que médico e paciente conversem bem sobre essa possibilidade para ajustar expectativas nos dias após a transferência do embrião.

De modo geral, a gravidez química costuma durar no máximo cinco semanas desde a última menstruação. Ela se encerra antes mesmo do primeiro exame de ultrassom que permitiria confirmar visualmente o início de uma gestação.

Quais os sintomas da gravidez química?

Pode não haver sintomas perceptíveis de que uma gravidez química está ocorrendo. Se o quadro não for confirmado por um exame, um sinal característico de que ela pode ter ocorrido é se a menstruação sofre um leve atraso, seguida por um fluxo mais intenso quando finalmente “desce”.

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Quando há sintomas, eles podem ser típicos de um início de gestação. No entanto, como a pessoa nem sempre suspeita que está grávida, é fácil confundi-los com os sinais de uma menstruação, já que eles incluem cólicas e sensibilidade nos seios. Também podem ocorrer náuseas.

+Leia também: Desde as primeiras semanas: quais são os sintomas de gravidez?

É importante observar que uma gravidez química se refere apenas a casos em que o embrião não se desenvolve imediatamente após a fecundação. É diferente de um caso de aborto espontâneo, que ocorrer mais tarde, até por volta da 20ª semana, inclusive após a confirmação da gestação com exames de ultrassom.

O que fazer após uma gravidez química?

A gravidez química não gera impactos duradouros na saúde física da gestante e, por si só, não exige cuidados adicionais. No entanto, ela pode ocorrer como consequência de alguns problemas de saúde, como alterações hormonais, diabetes ou a presença de infecções sexualmente transmissíveis.

Caso você tenha passado por uma gravidez química, e especialmente se esse episódio já ocorreu anteriormente, é recomendado procurar ajuda médica para entender se existe alguma alteração que esteja causando o quadro. Mesmo em pessoas que não estão tentando engravidar, a investigação permite abordar problemas de saúde que podem afetar a qualidade de vida no longo prazo.

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Mas também tenha em mente que nem sempre a gravidez química ocorre por problemas de saúde materna. Ela pode afetar qualquer pessoa com útero que tenha um óvulo fecundado e pode estar relacionada, simplesmente, à idade da gestante (é mais comum após os 35 anos) ou a fatores que nem sempre podem ser controlados, como uma gravidez ectópica ou alguma inviabilidade genética do embrião.

Em pessoas que estão tentando engravidar, a gestação química também pode ser causa de grande frustração e sofrimento psicológico, já que representa uma quebra de expectativas após um resultado inicialmente animador. É fundamental contar com uma rede de apoio e, quando necessário, acompanhamento profissional para cuidar dos impactos na saúde mental.

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