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Estresse deixa o cabelo grisalho – mas o efeito pode ser reversível

Cientistas buscam entender o processo de branqueamento dos fios, até porque isso dá pistas sobre o envelhecimento de forma mais ampla

Por Da Redação
Atualizado em 28 jun 2021, 10h29 - Publicado em 25 jun 2021, 14h46

Não foram poucas as pessoas que notaram, durante a pandemia de coronavírus, que os cabelos ficaram brancos em uma velocidade mais acelerada. É como experimentar quase que em tempo real um elo que a ciência vem desvendando – sim, o estresse acelera o processo de se tornar grisalho. Um novo estudo, realizado na Universidade Columbia – Irving Medical Center, nos Estados Unidos, traz evidências quantitativas desse fenômeno e acrescenta um dado curioso: a cor do cabelo pode ser restaurada quando o estresse é eliminado.

“Compreender os mecanismos que permitem que os cabelos grisalhos ‘velhos’ retornem ao seu estado pigmentado ‘jovem’ pode fornecer novas pistas sobre a maleabilidade do envelhecimento humano em geral, e como ele é influenciado pelo estresse”, disse o autor sênior do estudo Martin Picard, em comunicado divulgado pela instituição. De acordo com ele, o cabelo concentra informações sobre a nossa história biológica.

O cientista acrescentou: “Nossos dados se somam a um crescente corpo de evidências que demonstra que o envelhecimento humano não é um processo biológico linear e fixo, mas que pode, pelo menos em parte, ser interrompido ou mesmo temporariamente revertido”.

A análise

A primeira autora do trabalho, a pesquisadora Ayelet Rosenberg, desenvolveu um novo método para capturar imagens altamente detalhadas de minúsculas fatias de cabelo humano – assim, conseguiu quantificar a extensão da perda de cor de forma muito mais precisa.

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Com base nesse sistema, os cientistas avaliaram cabelos individuais de 14 voluntários, comparando os resultados com um “diário de estresse” produzido por cada um deles.

Foi aí que o time de experts notou que alguns fios grisalhos recuperavam naturalmente a sua cor original. “Houve um indivíduo que saiu de férias e cinco fios de cabelo dessa pessoa voltaram a escurecer”, contou Picard.

Não é para todo mundo

Embora a redução de estresse traga inúmeras vantagens, os pesquisadores frisam que não dá para esperar que isso faça milagres pela pigmentação da cabeleira.

“Não achamos que reduzir o estresse em uma pessoa de 70 anos que é grisalha há décadas vai escurecer seus cabelos, nem que aumentar o estresse em uma criança de 10 anos será o suficiente para transformar seu cabelo em grisalho”, pontua o autor sênior.

Por que o estresse afeta a cor

Para entender melhor esse aspecto, os cientistas mediram os níveis de várias proteínas ao longo do comprimento dos fios. Eles notaram, então, que alterações em 300 proteínas ocorreram quando a coloração do cabelo se transformou. Ao que tudo indica, o impacto do estresse nas mitocôndrias – estruturas responsáveis pela respiração celular – pode justificar a branqueamento da cabeça.

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“Frequentemente, ouvimos que as mitocôndrias são a força motriz da célula, mas essa não é a única função que desempenham”, citou Picard. “As mitocôndrias são, na verdade, como pequenas antenas que respondem a uma série de sinais diferentes, incluindo estresse o psicológico”, explicou o pesquisador.

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