Medicina

EMS lançará em agosto primeiras canetas emagrecedoras “genéricas” no Brasil

Farmacêutica deve lançar medicamentos com liraglutida ainda este ano. Já canetas com semaglutida, o princípio ativo do Ozempic, estão previstas para 2026

Por Maurício Brum
9 jun 2025, 15h24

Está previsto para o segundo semestre o lançamento das primeiras canetas emagrecedoras “genéricas” no Brasil. Os medicamentos injetáveis estão em produção pela farmacêutica EMS, que obteve no final do ano passado licença da Anvisa para entrar nesse mercado.

Em um primeiro momento, a EMS deverá lançar produtos à base de um análogo de GLP-1 conhecido como liraglutida, princípio ativo do Saxenda. No ano que vem, também devem começar a ser produzidas canetas baseadas na semaglutida, o princípio ativo consagrado pelo Ozempic.

Primeiras canetas tratarão diabetes e obesidade separadamente

Prometendo tecnologia 100% nacional na produção da sua versão do produto, a EMS deve lançar duas versões das canetas de liraglutida este ano: o Lirux, que virá com indicação para o tratamento do diabetes, e o Olire, especificamente para tratar a obesidade.

A liraglutida é um análogo de GLP-1 (hormônio que ajuda a regular os níveis de glicose e reduzir o apetite) de utilização diária.

A diferença entre o Lirux e o Olire, além da indicação em bula, será a dosagem disponibilizada para cada rótulo. A EMS promete produzir 250 mil unidades de ambos até o final do ano, com previsão de chegada das primeiras canetas ao mercado em agosto de 2025.

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Não é bem um genérico

A rigor, esses produtos não se enquadram exatamente como “genéricos”, que só podem ser comercializados sob o nome do princípio ativo.

Tratam-se, tecnicamente, de medicamentos similares (conhecidos popularmente como “genéricos com marca”, mas sujeitos a regulamentação distinta). Ainda assim, a expectativa é que eles sejam vendidos a preços até 20% menores do que o Saxenda, segundo o fabricante.

Genéricos de semaglutida devem vir em 2026

Ainda há muita expectativa sobre a chegada de genéricos ou similares de semaglutida ao país, o que baratearia o custo de medicamentos com esse princípio ativo. Uma das vantagens em relação à liraglutida é sua aplicação mais espaçada, que pode ser semanal, em vez de diária.

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Mas, nesse caso, a espera será um pouco maior, já que a patente brasileira ainda não expirou. Até o segundo semestre do ano que vem, os direitos permanecem com a Novo Nordisk, farmacêutica que produz o Ozempic. A EMS tem previsão de lançar sua própria versão das canetas de semaglutida a partir do segundo semestre de 2026.