Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Em média, brasileiras entram na menopausa aos 48 anos; só metade se trata

Segundo estudo, 73% das mulheres que passam por essa fase relatam sintomas desagradáveis – e muitas não buscam o tratamento

Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein*
20 mar 2024, 14h07
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A mulher brasileira entra na menopausa quando tem, em média, 48 anos de idade e o início da transição e a irregularidade menstrual começam aos 46 anos. Além disso, 73,1% delas sentem os sintomas climatérios (entre eles, as ondas de calor) no período entre a pré-menopausa e a menopausa e 78,4%, na pós-menopausa. A conclusão é de um amplo estudo brasileiro que traçou o perfil da mulher brasileira na menopausa, publicado na revista científica Climateric 

    O trabalho colaborativo envolveu pesquisadores da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Faculdade de Medicina do ABC, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Pavia, na Itália. Ao todo, 1,5 mil mulheres, com idades entre 45 e 65 anos, foram entrevistadas para que os autores pudessem estabelecer o perfil brasileiro da menopausa.  

    “Estudos exclusivos com a nossa população nos ajudam a saber como precisamos agir diante das situações clínicas que vão aparecendo. Eles também são essenciais para a criação de estratégias de saúde de enfrentamento dos problemas no climatério”, afirmou Rogério Bonassi Machado, um dos autores do estudo, professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí e presidente da Sociedade Brasileira do Climatério (Sobrac). 

    +Leia também: Como a menopausa se reflete na pele da mulher

    O ginecologista Sérgio Podgaec, do Hospital Israelita Albert Einstein, diz que os estudos com a população nacional são importantes porque os países têm diferenças culturais e diferenças de clima (alguns locais mais quentes, outros mais frios), e isso pode impactar a forma como as mulheres encaram a menopausa e enfrentam os sintomas, entre eles as ondas de calor.

    Segundo Machado, autor do estudo, a alta prevalência de sintomas climatéricos é algo que chamou a atenção nos resultados, já que as ondas de calor (popularmente chamadas de fogachos) foram citadas por 73% das mulheres. 

    Continua após a publicidade

    Esses sintomas estão ligados à diminuição do estrogênio, o principal hormônio feminino, e normalmente surgem de maneira súbita, especialmente durante a noite, enquanto a mulher está dormindo, provocando um calor intenso na região do tórax. O fogacho pode ser tão grande que algumas mulheres relatam sentir o rosto “queimando” e o suor escorrendo. 

    Somente a metade faz tratamento 

    O estudo apontou também que, apesar de os efeitos indesejados da menopausa afetarem a maioria das mulheres, somente 52% delas fazem algum tipo de tratamento, sendo que as mulheres de classes sociais mais altas foram as que mais procuraram atendimento. 

    Entre as que se tratam, apenas 22% fazem a terapia de reposição hormonal. As demais recorrem a outras opções, como uso de antidepressivos e terapias alternativas, entre elas a prática de ioga e a acupuntura. 

    Continua após a publicidade

    “Vários fatores podem explicar por que as mulheres não buscam tratamento, e a falta de acesso à infraestrutura de saúde é um deles. Além disso, muitas mulheres ainda têm receio de fazer a reposição hormonal por medo de câncer de mama e de trombose”, disse o ginecologista do Einstein. 

    Mas é importante ressaltar que as contraindicações da terapia hormonal existem para aquelas que já tiveram câncer de mama previamente. Para as outras, o importante é conversar com um profissional sobre os riscos e os benefícios. 

    Outro dado que chama a atenção no estudo é que, além de poucas mulheres fazerem o tratamento, elas abandonam os cuidados em pouco tempo – cerca de oito meses depois. Segundo a pesquisa, os efeitos colaterais foram um dos motivos relatados para a descontinuação. 

    Continua após a publicidade

    As reações adversas mais comuns são sangramento irregular ou dor nas mamas, que pode acontecer no início da terapia hormonal para as mulheres que têm o útero.  

    *Este conteúdo foi produzido pela Agência Einstein

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.