A influenciadora digital Isabel Veloso, que estava em cuidados paliativos exclusivos para um linfoma de Hodgkin quando engravidou, anunciou durante a semana que seu tumor voltou a crescer. Com isso, ela decidiu retomar a quimioterapia durante a gestação – gerando dúvidas sobre a viabilidade do tratamento em meio à gravidez.
Embora seja possível realizar a químio enquanto se espera um bebê, diversos fatores devem ser levados em consideração. No caso de Veloso, pesou também, segundo revelou nas redes, sua vontade de aumentar a sobrevida para poder ver o filho crescer, após receber a informação de que o câncer havia voltado a progredir.
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É possível fazer quimioterapia na gravidez?
Sim, desde que com os devidos cuidados, e sempre após o primeiro trimestre da gestação. Os quimioterápicos podem causar malformações fetais, por isso, normalmente há contraindicação absoluta para o tratamento até a 14ª semana.
Depois disso, o cenário muda. Alguns medicamentos usados no tratamento ainda podem atravessar a placenta e causar problemas ao bebê, e continuam contraindicados. No entanto, outros fármacos são considerados mais seguros e podem ser empregados nessa fase da gravidez. Segundo informações que trouxe nas redes sociais, Isabel Veloso decidiu retomar o tratamento após chegar à 20ª semana de gestação.
Em todos os casos, paciente e equipe médica devem ponderar com atenção os riscos e benefícios de retomar a quimioterapia durante a gravidez. Fatores como o tipo de câncer, seu estágio e o momento da gestação devem ser levados em consideração. Em situações em que a data prevista para o parto está próxima, por exemplo, pode haver indicação por esperar mais alguns dias.
Além disso, o tipo de fármaco e o regime de tratamento são determinantes para avaliar a continuidade da quimioterapia enquanto o bebê não nasce.
Entenda o caso
Conhecida nas redes por contar sua luta contra o linfoma de Hodgkin, a influencer Isabel Veloso ganhou as manchetes nos últimos meses após revelar que estava grávida mesmo diante do que, definiu à época, seria um “câncer terminal”.
Posteriormente, após uma entrevista de sua médica detalhando o caso, a jovem de 18 anos retificou a informação: embora não haja perspectiva de cura, seu quadro não representava a iminência da morte – portanto, ela não estava em situação de terminalidade, mas em cuidados paliativos. Entenda a diferença.