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Distimia: o que é e quais os sintomas da face mal-humorada da depressão

Depressão distímica afeta até 6% da população e está associada a irritabilidade, mau-humor crônico e desesperança. Veja como tratar e evitar

Por Sílvia Lisboa
Atualizado em 2 abr 2024, 16h35 - Publicado em 2 abr 2024, 16h35
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Além da irritabilidade, a distimia pode provocar sintomas como baixa autoestima, insegurança e perda da capacidade de sentir prazer (wayhomestudio/Freepik)
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A depressão está muito associada à tristeza, perda de ânimo pela vida, falta de iniciativa, isolamento social. Isso tudo é verdade. Mas existe uma outra face menos falada do transtorno, que é a irritabilidade, o mau humor e o pessimismo em relação a pessoas e acontecimentos. Em grego, distimia significa mau humor.

É um traço muito associado à personalidade do indivíduo, mas que pode se configurar na própria manifestação da depressão, hoje a principal causa de incapacitação no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns indivíduos distímicos, o traço da tristeza não é notável.

As causas da depressão ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se haver uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Pessoas com histórico familiar da doença precisam estar mais atentas. Hoje, a depressão é também a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos e não se pode negligenciar seus sintomas.

+Leia também: Aumento da depressão e ideação suicida entre jovens: onde estamos errando?

A depressão distímica (DD) pode ocorrer com episódios, mas, em geral, o indivíduo se mantém sempre com um mau humor crônico que, na maioria das vezes, é confundido com uma visão realista da vida. São pessoas queixosas, exigentes, rabugentas e niilistas, o que torna a busca por ajuda mais difícil, assim como o tratamento.

Pacientes com distimia resistem ao tratamento porque têm uma visão desesperançosa da vida e estão acostumados a questionar as chances de melhora.

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Em casos mais leves, os distímicos conseguem levar adiante estudos, trabalho e até relações amorosas, mas com um alto custo pessoal. Quando não tratados, o quadro pode se agravar e resultar em abandono dessas atividades, além de rompimento de amizades e namoros.

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O transtorno distímico ocorre em 3% a 6% da população e aumenta os riscos da depressão mais grave.

Diagnóstico e tipos da distimia

O diagnóstico é essencialmente clínico. Em geral, um paciente com distimia demora até dez anos para procurar ajuda devido à camuflagem dos seus sintomas com traços de personalidade. Há dois tipos de distimia: a ansiosa e a anérgica.

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  • Distimia ansiosa: caracterizada por baixa autoestima, insegurança e impulsividade, além dos sintomas clássicos da irritabilidade e mau humor. É mais frequente em mulheres e está associada ao abuso de álcool, drogas e de comida.
  • Distimia anérgica: os sintomas mais comuns são a baixa energia, baixa reatividade e anedonia (perda da capacidade de sentir prazer). É mais prevalente em homens e está associada ao consumo de estimulantes como cafeína e drogas como as anfetaminas etc.

Como é o tratamento da distimia

Quando ocorre o diagnóstico, o tratamento é feito à base de psicoterapia associada ou não a antidepressivos. É importante identificar a associação do transtorno do humor com ansiedade ou com transtornos de personalidade.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a mais indicada para este tipo de transtorno, porque identifica os gatilhos da irritação e atua na modificação das crenças niilistas.

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