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Covid-19: estudo aborda atraso de procedimentos médicos na América Latina

Segundo a pesquisa, 70% dos latino-americanos adiaram ou cancelaram cirurgias eletivas, consultas, exames... E há algumas particularidades no Brasil

Por Nathalie Ayres
20 nov 2020, 12h56
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  • O medo de contágio e a própria demanda que o coronavírus exerceu sobre os hospitais culminaram no adiamento ou cancelamento de cirurgias eletivas, checkups preventivos e outros atendimentos. Segundo uma nova pesquisa da Johnson & Johnson Medical Devices (JJMD), em parceria com a IPSOS, sete em cada dez latino-americanos atrasaram algum procedimento do tipo. O levantamento é resultado de entrevistas com 2 200 adultos de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.

    Especificamente por aqui, 64% dos respondentes disseram que remarcaram ou cancelaram os procedimentos eletivos. É um número que ficou abaixo da média dos cinco países. Para ter ideia, 72% dos mexicanos, 77% dos colombianos, 80% dos argentinos e 82% dos chilenos fizeram a mesma coisa.

    Gustavo Scapini, cirurgião geral e gerente médico da JJMD Brasil, destaca que essas nações lidaram com a Covid-19 de formas diferentes. “No nosso país, muitos procedimentos foram interrompidos durante os primeiros meses de pandemia. Isso para evitar a circulação de pessoas com doenças crônicas nos hospitais e para disponibilizar mais leitos aos pacientes com coronavírus”, afirma. “Mas, após uma regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), alguns procedimentos começaram a retornar gradualmente”, pondera.

    O problema: entre os atrasos e cancelamentos, figuram tratamento para doenças graves. A pesquisa indica que 3% dos entrevistados adiaram tratamentos para câncer e 14% deixaram de fazer uma avaliação pormenorizada para problemas cardiovasculares (a principal causa de morte no mundo).

    “No cenário brasileiro, estima-se que a detecção de novos casos de câncer caiu 70% nos primeiros meses da pandemia. As doenças cardiovasculares ou crônicas também tiveram queda no número de diagnósticos e consultas de acompanhamento”, informa Scapini. E, claro, essas enfermidades não se tornaram menos comuns em 2020 — elas simplesmente estão surgindo sem um diagnóstico adequado.

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    Questões como essa refletem a percepção dos entrevistados sobre seu bem-estar físico: 31% dos entrevistados perceberam uma piora na própria saúde, enquanto 59% declararam que ela permanece estável. Só 10% viram alguma melhoria.

    Brasil e Chile apresentaram as taxas mais insatisfatórias nesse quesito: 39% dos entrevistados de ambos os países sentiram um declínio em seu estado de saúde, enquanto 51% apontaram para uma estabilidade.

    O que é importante para acabar com os adiamentos, segundo a população

    É natural que, em todos os países, o surgimento de uma vacina tenha despontado como o fator que mais traria segurança para os respondentes voltarem a realizar aqueles procedimentos cancelados. Mas esse número foi mais alto por aqui: para 54% dos brasileiros, o imunizante é importante nesse sentido, contra 45% dos chilenos e dos colombianos, 50% dos argentinos e 49% dos mexicanos.

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    Veja o que mais é visto como fundamental para que as pessoas retornem aos centros médicos sem tanto medo:

    “O Brasil carrega um histórico de vacinação populacional. Ele é referência mundial no assunto”, contextualiza Scapini. Por outro lado, o especialista frisa a importância de não esquecermos dos protocolos de higiene e de questionarmos como eles estão sendo feitos nos hospitais e centros de reabilitação.

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    Não deixe de buscar apoio médico quando necessário

    Dessa pesquisa resultou a ação “Minha Saúde Não Pode Esperar” da JJMD. No site, há informações de fontes confiáveis para ajudar os pacientes a buscarem ajuda de profissionais na pandemia sem correrem riscos de infecção.

    A orientação principal é manter um canal aberto com o médico e perguntar sobre os procedimentos necessários e também sobre os protocolos seguidos pelas instituições em que eles serão feitos. “Sabemos que é fundamental manter o acompanhamento médico de pacientes com doenças crônicas mesmo durante a pandemia, por exemplo”, finaliza Scapini.

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