Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Quais são as complicações da dengue na gravidez?

Devido a alterações no sistema imune, as gestantes precisam tomar um cuidado extra com a dengue. Veja as complicações e os sintomas que a doença causa

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 1 mar 2021, 12h56 - Publicado em 20 fev 2020, 18h57
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Caracterizada por febre alta e dores no corpo, a dengue preocupa especialmente quando atinge alguém com o sistema imunológico fragilizado, o que acontece durante a gravidez. Mas qual o tamanho do risco que esse vírus representa para as gestantes e quais complicações pode provocar?

    Publicidade

    Para responder esta pergunta, recorremos a um documento da Organização Pan-Americana da Saúde (Paho) que contém orientações específicas sobre a doença para a população das Américas. Um dos capítulos é dedicado exclusivamente às chamadas condições especiais, que incluem problemas crônicos (diabetes, câncer etc), velhice, infância e, claro, a gestação.

    Publicidade

    Os autores relatam que engravidar não é um fator de risco para contrair a dengue. Por outro lado, essa fase da vida demanda cuidados específicos em caso de contato com o vírus. Toda grávida infectada, por exemplo, precisa permanecer em observação até a hora do parto, independentemente do momento em que foi picada pelo Aedes aegypti ao longo dos nove meses e da gravidade dos sintomas.

    Um dos grandes problemas nesse grupo é a possibilidade de hemorragia, uma complicação conhecida da enfermidade. Ao tentar conter a invasão, nosso próprio sistema de defesa pode destruir as plaquetas, que são as células responsáveis por coagular o sangue (e, portanto, estancar ferimentos).

    Publicidade

    Aí que está: se os sangramentos provocados pela ausência de plaquetas já são perigosos em uma pessoa saudável, em uma gestante ainda podem causar aborto ou nascimento prematuro.

    Continua após a publicidade

    Até a escolha do tipo de parto também é influenciada pela dengue. Ora, como toda cirurgia, uma cesárea envolve perda de sangue. Só que isso, somado a eventuais hemorragias ocasionadas pela infecção, às vezes põe a vida da mulher em risco.

    Publicidade

    Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado em 2018 no periódico científico Scientific Reports, indica um risco três vezes maior de grávidas atingidas por esse vírus falecerem ao longo dos nove meses e no puerpério.

    Os autores não encontraram uma razão para esse dado na pesquisa, mas sugerem que as mudanças no organismo típicas dessa fase e possíveis contratempos — a eclâmpsia, por exemplo — acelerariam o avanço da dengue e esconderiam seus sinais iniciais, dificultando o diagnóstico precoce.

    Publicidade

    De resto, tanto sintomas, tratamentos e métodos de prevenção são os mesmos do resto da população. E uma boa notícia: quando detectada nos primeiros passos e tratada, a dengue dificilmente vai dificultar o curso normal da gestação.

    O recado que fica é procurar um serviço médico ao sinal de qualquer anormalidade e seguir as boas e velhas orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti e se proteger das suas picadas.

    Publicidade

    Dengue passa da mãe para o bebê?

    Não, a dengue não é transmitida para o feto durante o parto e os casos de malformação são raros. Ah, e mesmo se a mulher for infectada após o nascimento, a amamentação deve acontecer normalmente.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.