A cianose é um problema de saúde que ocorre quando há pouca oxigenação no sangue. O nome, com referência a “ciano”, é autodescritivo: um sinal característico de que um paciente está cianótico é que a pele começa a ficar com uma coloração azulada, o que também ocorre com lábios, unhas e até as mucosas.
É importante notar que a cianose em si não é uma doença, mas um sintoma de algum problema que atrapalha a capacidade de transporte do oxigênio pelo corpo, através da circulação sanguínea.
O que causa a cianose?
Qualquer questão de saúde relacionada à oxigenação insuficiente do organismo pode ter a cianose como sintoma. O problema afeta mais recém-nascidos, especialmente aqueles que nascem com a tetralogia de Fallot (ou síndrome do bebê azul), mas pode surgir em pessoas em qualquer idade.
Em adultos, tanto problemas pulmonares quanto cardiovasculares podem levar à cianose. Algumas questões comuns incluem:
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
- Pneumonia
- Embolia pulmonar
- Trombose
- Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)
Além de doenças de fundo, questões pontuais como um afogamento, a baixa oxigenação do ar no ambiente em que a pessoa se encontra e até a exposição a temperaturas extremas também podem causar quadros de cianose.
Quais os tipos de cianose?
Os dois principais tipos de cianose são a central e a periférica. Existe ainda a chamada cianose mista que, como o nome sugere, mescla características das outras duas.
Na cianose central, o sangue atinge as artérias sem a oxigenação necessária, um indicativo de problemas cardiopulmonares que afetam o sistema como um todo. A coloração azulada aparece de forma geral no corpo.
Na cianose periférica, a coloração azulada é mais presente nas extremidades (como os dedos e os lábios). Embora a causa de fundo possa ser a mesma da cianose central, o problema também pode ocorrer devido a fatores mais localizados, como alguma obstrução circulatória pontual ou a exposição ao frio, por exemplo.
Como tratar a cianose?
É necessário tratar a condição subjacente, o que pode envolver medicamentos, cirurgia, fisioterapia e mudanças na rotina.
A abordagem dependerá da avaliação do caso. O diagnóstico leva em conta exames de imagem e de sangue, o histórico de saúde da pessoa e exames específicos como a gasometria arterial, por exemplo.
Como método de suporte emergencial, a suplementação de oxigênio costuma ser feita tanto em quadros agudos quanto crônicos. Uma pessoa com cianose deve ser encaminhada a um centro hospitalar para receber a atenção médica adequada.