Quem for viajar para lugares que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) contra a febre amarela agora tem a opção de emitir esse documento online. A novidade, anunciada pelo governo federal, foi desenvolvida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com a Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia.
Certos países, como Austrália, Bahamas e Colômbia, proíbem a entrada de pessoas que não tenham comprovação de que receberam a vacina para febre amarela. Alguns não permitem nem que você faça uma simples conexão.
O problema: até então, só era possível solicitar o certificado presencialmente, em unidades credenciadas, após agendar data e horário. Esse processo demandava tempo e dinheiro para o deslocamento.
Mas agora você consegue solicitar o certificado pela internet e imprimi-lo em qualquer lugar do mundo. Para fazer a requisição, basta se cadastrar no Portal de Serviços, usando seu número de CPF e um e-mail. Então, o usuário deve encaminhar, pelo formulário do site, uma foto ou um arquivo digitalizado do RG e do comprovante nacional de vacinação (é a carteirinha que o pessoal do posto de saúde entrega após você receber sua dose contra a febre amarela).
Aí, uma equipe da Anvisa analisa o processo e, se aprovado, envia uma mensagem por e-mail, em até cinco dias úteis. Pronto: é só imprimir o cartão e assinar no local indicado.
Se você precisar da segunda via, pode acessar o Portal de Serviços e imprimi-la novamente sempre que necessário.
Também dá para realizar o procedimento para menores de idade, contanto que um responsável assine o certificado. No entanto, para estrangeiros sem CPF, analfabetos e população indígena – ou no caso de dificuldades de acesso ao processo digital –, o atendimento presencial será mantido.
Lembrando que quem já tinha a versão solicitada presencialmente não precisa renová-la. Sua validade é vitalícia.
Segundo o governo federal, são realizados cerca de 730 mil pedidos de CIVP anualmente. Com a transformação digital, estima-se que a redução de custos chegue a R$ 120 milhões por ano.