O atenolol é um medicamento usado no tratamento da hipertensão arterial, doença que afeta mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).
A doença não tem cura, mas pode ser controlada a partir da combinação de mudanças no estilo de vida com a utilização de medicamentos. O atenolol faz parte desse esquema, e é ofertado gratuitamente no país pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O composto também é comercializado em farmácias com diversos nomes, como Atenol, Ablok, Angipress, Telol, Ateneo, Plenacor, entre outros.
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O que é o atenolol?
O atenolol é um medicamento de uso contínuo que atua sobre receptores localizados no coração e na circulação, reduzindo a pressão arterial, como explica o médico cardiologista Pablo Cartaxo, do Hospital Nove de Julho.
“É uma medicação do grupo dos betabloqueadores, que age bloqueando alguns dos receptores da adrenalina e noradrenalina no corpo. O composto tem efeito principalmente nos receptores presentes no coração, onde reduz a frequência cardíaca, e nos vasos sanguíneos, amenizando sua constrição e, por consequência, a pressão arterial”, resume Cartaxo.
Para que serve o atenolol
Além de ser utilizado no tratamento de hipertensão, o atenolol é útil para o controle de sintomas em pessoas com angina.
“É a dor no peito que ocorre nos indivíduos que, por algum motivo, possuem um desbalanço entre a oferta e demanda de sangue para o músculo do coração, a exemplo dos pacientes que possuem doença coronariana crônica“, explica o médico.
Além disso, o fármaco também é um recurso habitual para controle de frequência cardíaca em quadros de arritmias ou mesmo para prevenção de crises em portadores de enxaqueca.
“Importante destacar que o atenolol não é o betabloqueador de escolha em portadores de insuficiência cardíaca que apresentem função cardíaca reduzida. Nesse contexto, é melhor usar outros medicamentos da mesma classe”, detalha o cardiologista.
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Como tomar o atenolol?
O atenolol pode ser encontrado na forma de comprimidos de 25mg, 50mg ou 100mg.
“Para o tratamento da hipertensão arterial a dose usual do atenolol é de 25mg podendo chegar a 100mg por dia com aumento gradativo, que deve ser orientado por médico responsável a depender da resposta do paciente, e ser tomada uma vez ao dia ou dividida de 12 em 12 horas”, afirma Cartaxo.
Já para o tratamento de angina, arritmias e enxaqueca a dose usual é de 25mg a 100mg, uma vez ao dia, acrescenta o médico.
Contraindicações
O medicamento não deve ser utilizado em crianças, de acordo com a descrição em bula. “O atenolol é contraindicado na gravidez, por estar associado a riscos ao feto, podendo causar restrição de crescimento e baixo peso ao nascer”, afirma Cartaxo.
“Durante a amamentação seu uso deve ser criterioso e sempre avaliado pelo médico responsável. Devido à excreção no leite materno, há estudos que identificaram risco de bradicardia e hipotensão no bebê, sendo preferível outros anti-hipertensivos com melhor perfil de segurança, caso possível”, acrescenta.
Outras restrições incluem tipos específicos de arritmias, além de doenças como insuficiência cardíaca descompensada e doença arterial obstrutiva periférica.
“Atenção especial deve ser dada a pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica e portadores de asma, pois o atenolol pode exacerbar crises, sendo preferível nestes casos o uso de outros betabloqueadores”, frisa o cardiologista.
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Efeitos colaterais do atenolol
Os eventos adversos mais comuns são:
- Batimentos lentos do coração
- Mãos e pés frios
- Alterações gastrointestinais
- Humor deprimido
- Cansaço excessivo.
Bula: atenolol
A utilização de remédios deve ser acompanhada da orientação de profissionais de saúde.
A bula do atenolol, disponibilizada online pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), reúne um conjunto de informações úteis sobre a medicação: acesse aqui.
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