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Aromaterapia: o que é e como funciona?

Aromas de óleos essenciais podem ter efeito sobre o sistema nervoso que auxilia no bem-estar físico e mental

Por Clarice Sena
10 Maio 2025, 04h00
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Não vá beber! Benefícios dos óleos essenciais, quando existem, só ocorrem através do olfato (Christin Hume/Unsplash)
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A aromaterapia é uma prática terapêutica complementar aos tratamentos de saúde típicos. Ela utiliza as propriedades de óleos essenciais extraídos de vegetais para despertar efeitos no organismo.

Os óleos essenciais são substâncias voláteis extraídas de vegetais como flores, folhas, frutos e raízes. Seu uso é indicado como adicional no tratamento de diversas condições de saúde mental, como insônia, estresse e ansiedade. As fragrâncias também poderiam, supostamente, auxiliar no alívio de dores, desconfortos e algumas doenças orgânicas.

No entanto, é importante observar que a aromaterapia ainda é controversa, na medida em que há poucas evidências de estudos clínicos randomizados controlados mostrando que ela faz diferença no tratamento de doenças.

As terapias complementares devem sempre ser encaradas dessa forma, como um “extra” em relação a outros tratamentos consagrados pela ciência, não como única forma de enfrentar um problema.

+Leia também: Depressão: dá para apostar em terapias complementares?

Como funciona a aromaterapia?

A origem das técnicas de terapia com aromas remonta às civilizações mais antigas da humanidade e seus usos possuem registros há mais de 4 mil anos. Os efeitos dos aromas na saúde humana, por sua vez, só começaram a ser estudados no início do século 20.

Os efeitos positivos ocorrem graças a partículas liberadas pelos óleos essenciais que, quando absorvidas pela respiração, estimulam diferentes partes do cérebro. Dentre os óleos essenciais mais utilizados, destacam-se os benefícios da lavanda, do eucalipto, da melaleuca e do alecrim.

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Por isso, vale frisar que o benefício dos óleos só pode ser aproveitado através da aspiração do odor e jamais pela ingestão por via oral – não importa o que alguns anúncios nas redes sugerem: não beba esses líquidos.

Um aspecto importante é a diferença entre óleos essenciais e essências – um termo genérico utilizado para denominar um produto com propriedades aromatizantes, mas que pode conter substâncias sintéticas e não possui um conceito normativo estabelecido.

Os aromas também podem provocar alergias e irritações, por isso é importante conferir o rótulo e se certificar que o óleo utilizado é totalmente vegetal. Os frascos do produto também devem ser de cor escura para proteger o líquido da degradação promovida pela luz.

A aromaterapia sozinha não substitui tratamentos convencionais e, portanto, deve ser indicada e acompanhada por profissionais capacitados, especialmente quando for utilizada por crianças, idosos, grávidas e pacientes crônicos. Comunique seu médico se estiver fazendo aromaterapia para evitar a interação medicamentosa e outros possíveis efeitos adversos.

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Caso alguma reação indesejada ocorra, suspenda o uso de óleos essenciais imediatamente.

Quais os efeitos da aromaterapia reconhecidos pela ciência?

Em 2006, o Ministério da Saúde brasileiro instituiu Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICS). Em 2018, a aromaterapia foi adicionada entre as abordagens utilizadas por profissionais de saúde capacitados em todo o país.

A incorporação dessas práticas foi baseada em evidências científicas e práticas tradicionais. Mesmo assim, o Conselho Federal de Medicina se manifestou contra o uso dessas abordagens alternativas, alegando que elas não têm base na medicina.

Em geral, o uso mais referendado pela ciência é para relaxamento e indução de estados de bem-estar mental. O resto é incerto e amparado por estudos com falhas metodológicas ou muito preliminares.

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Por outro lado, no ano de 2004, os pesquisadores estadunidenses Richard Axel e Linda Buck receberam o Prêmio Nobel de Medicina pelas suas descobertas sobre a organização do sistema olfativo e o efeito dos odores no organismo – um entendimento que, por extensão, poderia reforçar o potencial da aromaterapia em tratamentos de saúde.

Nessas pesquisas, Axel e Buck demonstraram que os seres humanos possuem milhões de células receptoras olfativas, consideradas o único tipo de neurônio do sistema nervoso exposto diretamente ao ambiente externo.

Essas células compõem o que é chamado de epitélio olfatório, uma rede que conecta a parte interior do nariz até o centro do sistema nervoso, chamado de sistema límbico. Essa estrutura, responsável por regular emoções, comportamento, motivação e memória, também é capaz de decodificar diferentes combinações de estímulos gerados por cada aroma.

Nos estudos conduzidos pelos laureados, demonstrou-se que a base da nossa capacidade de distinguir e formar memórias de odores a partir das combinações dos receptores pode abarcar mais de 10 mil aromas diferentes.

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