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Amamentação, HPV e zika protagonizam premiação nacional

Conheça os três trabalhos finalistas e os cientistas que concorrem ao Prêmio Péter Murányi, que em 2018 prestigia iniciativas impactantes na área da saúde

Por Da Redação
Atualizado em 29 jan 2018, 19h48 - Publicado em 29 jan 2018, 17h59

A Fundação Péter Murányi, instituição paulista que reconhece e incentiva projetos relevantes e inovadores em ciência, saúde e educação, acaba de divulgar os três trabalhos finalistas da edição 2018. Um panorama mundial sobre os desafios da amamentação, o estudo que demonstrou a importância da vacinação contra HPV e a linha de pesquisa que liga o zika vírus a microcefalia em bebês estão entre as iniciativas contempladas.

Nesta 17ª edição, focada em saúde, foram indicados 225 trabalhos de toda a América Latina. Eles passaram por uma avaliação da comissão julgadora, que chegou aos três projetos que concorrerão ao prêmio de primeiro lugar (R$ 200 mil). Os finalistas serão submetidos agora a uma análise de um júri mais amplo, que engloba especialistas, professores universitários e membros de outro setores estratégicos da sociedade. O anúncio do vencedor e dos demais colocados sairá dia 8 de fevereiro.

Vamos conhecer um pouco mais sobre os projetos finalistas.

Um panorama sobre os desafios da amamentação

O médico gaúcho Cesar Victora é uma das maiores autoridades globais em aleitamento materno. Com mais de 40 anos dedicados a essa causa, ele liderou um levantamento de peso sobre a situação da amamentação no mundo, as barreiras e soluções para promovê-la, além de seus efeitos positivos para a saúde da criança e da mãe.

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Publicado no periódico científico The Lancet, o artigo se baseia em dados de 153 países colhidos entre 1995 e 2014. A pesquisa endossa a necessidade de se incentivar a amamentação independentemente do grau de desenvolvimento do país – nas nações mais ricas, aliás, o período de aleitamento é menor que naquelas com a renda mais baixa. A ampliação da amamentação, segundo as análises de Victora e equipe, ajudaria a prevenir, por ano, mais de 820 mil mortes de crianças com menos de 5 anos e 20 mil mortes por câncer de mama, reforçando suas vantagens tanto para os bebês quanto para as mães.

Vacina contra HPV

A bióloga Luisa Lina Villa, de São Paulo, é referência absoluta no combate ao HPV. Falamos de um problema de saúde pública, uma vez que alguns tipos desse vírus estão por trás de praticamente todos os casos de câncer de colo de útero – assim como favorecem tumores em garganta, ânus, pênis…

A professora Luisa coordenou o braço brasileiro dos estudos para testar a primeira vacina quadrivalente, que blinda o organismo diante de quatro tipos de HPV associados a transformações malignas. O trabalho demonstrou a segurança e eficácia do imunizante, mesmo aplicado em um população heterogênea como a nossa. Esse foi um passo fundamental para que a vacinação contra o HPV, hoje disponível no sistema público e em clínicas privadas, entrasse no calendário nacional.

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O elo entre zika vírus e microcefalia

Um dos dramas mais recentes na saúde brasileira foi o aparecimento do zika, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue. No Nordeste do país, o ataque do vírus se fez sentir de uma maneira ainda mais trágica: ao infectar gestantes, o vírus induzia a malformação do sistema nervoso do feto, provocando a chamada microcefalia.

Figura central no estabelecimento dessa associação foi a epidemiologista Celina Turchi, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela capitaneou o estudo de caso, inédito no planeta, que confirmou as suspeitas de que o zika, e não outros fatores, era responsável por alterações fisiológicas e estruturais no sistema nervoso dos bebês em desenvolvimento. Estava batido o martelo: o vírus era o causador dos casos de microcefalia.

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