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Ainda em meio à pandemia, dá para fazer festas de fim de ano com segurança

Mas há diferenças significativas entre grandes eventos e encontros intimistas. Veja as dicas de especialistas para um Natal e Réveillon livres de Covid-19

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 16 dez 2021, 16h08 - Publicado em 16 dez 2021, 12h39
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  • Após períodos de confinamento total, o Brasil avançou na vacinação e viu uma redução no número de internações e mortes pelo coronavírus. Dessa maneira, chegamos a um momento em que é possível fazer algumas concessões. E as festas de Natal e Ano Novo estão aí para dar um fôlego aos brasileiros, mesmo com a ameaça ainda misteriosa da variante Ômicron. Mas é crucial não abrir mão de cuidados básicos.

    Nessa linha, o recado dos especialistas é aproveitar esse período em segurança e com pessoas mais íntimas ao invés de comemorar em eventos gigantes.

    “Fazer festas grandiosas e com aglomeração ainda é perigoso. Devemos ter em mente que a Covid-19 é uma doença que pode ser mortal para muitos, sem falar que há uma variante nova mais transmissível e que escapa parcialmente de vacinas”, resume a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC).

    + LEIA TAMBÉM: Ômicron: descoberta precoce ajuda na prevenção e adaptação de vacinas

    “Eventos abertos não têm controle nenhum de vacinados, nem é possível fazer valer os protocolos de máscaras e distanciamento. Podemos, no lugar disso, valorizar as pequenas comemorações, das quais também fomos privados por dois anos”, completa a especialista.

    Há uma enorme diferença entre estar com familiares e amigos vacinados e no meio de uma multidão, concorda o médico Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

    O raciocínio vale para as celebrações de final de ano e também para o tão debatido Carnaval.

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    “Só estaremos totalmente tranquilos para eventos de rua quando a cobertura vacinal do país chegar perto dos 90%, incluindo crianças e adolescentes, e quando tivermos alguma droga eficaz no tratamento da doença”, afirmou o médico durante evento do programa Infovacina.

    + LEIA TAMBÉM: O que você precisa saber sobre a vacina da Covid-19 entre crianças

    Fazer reuniões pequenas e caseiras garante um melhor controle de segurança, já que as regras para outros tipos de locais são pouco claras no Brasil.

    Para ter ideia, um levantamento feito pela FSB Comunicação aponta que apenas 12 capitais brasileiras solicitam o documento de vacinação em grandes eventos. Campo Grande, Curitiba, Cuiabá, Porto Alegre e São Luís estão livres pela administração local de exigirem testes e comprovantes.

    Como receber as pessoas em casa?

    Para dificultar o trabalho do vírus, é importante seguir algumas medidas especiais, afinal, nunca é demais frisar: a pandemia ainda não acabou.

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    “Se não fosse a chegada da Ômicron, o Brasil estaria em um cenário mais otimista, com números de mortes e internações em queda. Só que agora ganhamos uma incerteza, porque não se sabe o impacto que essa variante terá aqui. Então, antes de decidir se haverá festas, é preciso avaliar, dias antes, o momento epidemiológico de sua região”, aconselha o infectologista Bernardo Almeida, chefe médico da Hilab.

    Os números a serem analisados são de casos da infecção, da taxa de vacinação local e das internações. “Sabemos que a Delta não nos causou grande impacto. Mas a Ômicron apresenta uma possibilidade maior de reinfecção e escape considerável das atuais vacinas”, completa Almeida.

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    Com tudo mais tranquilo em sua cidade, dá para começar os preparativos. É imprescindível que amigos e familiares estejam com a imunização em dia, usem máscaras e higienizem frequentemente as mãos. Essas são as melhores ferramentas para se proteger contra a Covid-19.

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    Algumas outras garantias podem deixar todos mais aliviados, como o pedido de testagem aos convidados.

    A principal diferença entre os exames é que o PCR é mais sensível e consegue captar a presença da infecção mesmo com uma baixa carga viral.

    “Quem tem uma quantidade menor de vírus no corpo transmite menos, mas ainda transmite”, afirma Helio Magarinos, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica do Rio de Janeiro (SBPC/ML-RJ) e diretor médico do Richet Medicina e Diagnóstico.

    “Já o teste de antígeno, que sai na hora, é menos sensível, mas capta assintomáticos com alta carga viral e que podem colocar um grupo em risco”, acrescenta Magarinos.

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    + LEIA TAMBÉM: Afinal, quando fazer cada teste de Covid-19?

    Medidas que podem reduzir danos nas festas

    Um manual divulgado pela Fiocruz defende com mais ênfase a necessidade de todos os convidados estarem vacinados, mas também dá outras boas dicas para festa em casa:

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