Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Aids: será o fim do coquetel diário?

Pesquisadores avaliam a possibilidade de aplicar doses mensais ou bimestrais de remédio para manter o HIV sob rédea curta

Por André Biernath
Atualizado em 14 fev 2020, 18h23 - Publicado em 25 set 2017, 16h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A aids não tem cura, mas tem controle: o coquetel antirretroviral, um conjunto de três ou quatro comprimidos que o portador do vírus HIV precisa tomar diariamente, permite que ele tenha uma vida longa e com qualidade de vida. Só que, de fato, engolir remédios todo dia pode ser um desafio — e, apesar de avanços importantes, o esquema terapêutico contra essa doença funciona assim há décadas.

    Mas existe uma perspectiva de que isso mude em breve, com a chegada de opções que funcionam por um ou até dois meses. Durante o último Congresso Brasileiro de Infectologia, que aconteceu no Rio de Janeiro, especialistas brasileiros discutiram o estudo Latte-2, realizado por instituições dos Estados Unidos, Espanha, Bélgica, Alemanha, França, Canadá e Reino Unido.

    O experimento, que tem patrocínio das farmacêuticas Janssen e GSK, avalia a eficácia das drogas cabotegravir e rilpivirina aplicadas por meio de uma injeção intramuscular mensal ou bimestral versus a terapia oral diária com cabotegravir e abacavir/lamivudina. O teste envolveu 309 voluntários que tomaram os fármacos diariamente por três semanas antes de partir para as picadas na pele.

    Os resultados

    Após dois anos de experiência, 87% dos pacientes que receberam a injeção mensal ficaram com o vírus suprimido, ante 94% daqueles que tomaram a dose bimestral. Entre os indivíduos que permaneceram no esquema diário, 84% continuaram com o HIV controlado.

    A maioria dos pacientes não sofreu efeitos colaterais dignos de nota. Alguns experimentaram dor ou reações na pele no local em que a agulha foi inserida.

    Continua após a publicidade

    Os autores concluíram que esse tratamento intervalado é seguro e efetivo. Porém, antes de virar realidade, precisa passar por uma nova fase de pesquisas com um número bem maior de voluntários para se certificar que os achados se repitam. Enquanto isso, cabe reforçar que o coquetel atual já representa uma revolução em prol do bem-estar dos soropositivos.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.