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Abril Azul Claro: a importância da prevenção para o câncer de esôfago

Com diagnóstico precoce dificultado pela ausência de exames de rastreio, o câncer de esôfago acaba sendo frequentemente fatal. Mas há tratamento!

Por Yasmmin Ferreira
18 abr 2024, 08h43
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O câncer de esôfago costuma ser caracterizado por dificuldade e dor ao engolir, mas na maioria das vezes os sintomas só aparecem quando ele já está num estágio avançado (cookie_studio/Freepik)
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Abril Azul Claro busca conscientizar sobre o câncer de esôfago, doença que muitas vezes não recebe a mesma atenção que outros tipos de tumores mais conhecidos. Como costuma ocorrer em quadros cancerígenos, aqui também o diagnóstico precoce é fundamental – daí a importância de compreender mais essa condição médica.

O câncer de esôfago é uma enfermidade em que células anormais proliferam desordenadamente no revestimento do esôfago, o canal muscular que conduz alimentos e líquidos da garganta para o estômago.

+Leia também: O que causa dor de garganta?

Embora menos prevalente em comparação com certos tipos de câncer, como o de mama ou o de pulmão, o de esôfago acaba se tornando grave devido aos desafios relacionados ao diagnóstico precoce. Em função disso, possui uma alta taxa de mortalidade.

O tumor pode surgir em qualquer ponto do esôfago, mas frequentemente tem origem nas células que revestem internamente o órgão. O crescimento descontrolado dessas células pode obstruir o canal, interferindo na ingestão de alimentos e causando sintomas como dificuldade para engolir, dor ao ingerir alimentos e perda de peso inexplicada.

Quais os tipos de câncer de esôfago e os fatores de risco?

Existem dois tipos principais de câncer de esôfago:

  • Carcinoma de células escamosas: ele se desenvolve nas células escamosas que revestem o esôfago, tipicamente na parte superior e média deste órgão.
  • Adenocarcinoma: tem início nas células glandulares que produzem muco e é mais comumente encontrado na porção inferior do esôfago.
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Já os fatores de risco para o câncer de esôfago incluem o consumo de tabaco e álcool, obesidade, refluxo gastroesofágico crônico, esôfago de Barrett, uma dieta pobre em frutas e vegetais, ingestão frequente de alimentos muito quentes, histórico de radioterapia no peito e certas condições médicas, como a acalasia – um distúrbio no qual o esôfago não se abre adequadamente para permitir que os alimentos passem para o estômago.

+Leia também: Refluxo tem conserto

Quais são os sintomas do câncer de esôfago?

O quadro pode provocar dificuldade e dor para engolir, dor no peito, perda de peso não intencional, azia persistente, tosse crônica e rouquidão.

No entanto, é importante notar que muitas vezes esses sintomas não se manifestam até que o câncer esteja em estágio avançado, o que ressalta a importância do diagnóstico precoce.

Como o câncer de esôfago é diagnosticado?

O exame típico para identificar um câncer de esôfago é a endoscopia, procedimento no qual um tubo flexível com uma microcâmera é inserido na garganta para visualizar a área. A seguir, uma biópsia do tecido afetado pode ser feita para confirmar o quadro com certeza.

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Em geral, a endoscopia não é recomendada como exame de rastreio, por ser considerada invasiva. Dessa forma, médicos não costumam solicitá-la se os sintomas não aparecem, outro obstáculo ao diagnóstico precoce.

Por isso, da parte do paciente, torna-se fundamental adotar hábitos que reduzam o impacto dos fatores de risco.

+Leia também: O que é e para que serve a endoscopia?

O diagnóstico precoce salva vidas, mas, como ele raramente costuma ocorrer no caso do esôfago, a doença é quase sempre identificada num estágio potencialmente fatal: em média, apenas 5% dos pacientes sobrevivem após 5 anos do diagnóstico.

Como é feito o tratamento do câncer de esôfago?

O tratamento para o câncer de esôfago geralmente envolve uma combinação de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia direcionada, dependendo do estágio do câncer, da localização e de outros fatores individuais do paciente.

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O prognóstico e as opções de tratamento variam amplamente de acordo com o estágio em que o câncer é diagnosticado e outros fatores específicos do paciente.

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