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A imunidade varia entre os sexos

Novos estudos exploram as diferenças entre as células de defesa de homens e mulheres e podem modificar a forma de produzir remédios e vacinas

Por André Biernath
Atualizado em 29 jan 2020, 09h52 - Publicado em 20 jan 2017, 08h30

Um congresso internacional de microbiologia ocorrido há pouco nos Estados Unidos centrou boa parte da discussão em como o sistema imunológico é influenciado pelo sexo. O assunto ganhou destaque pela primeira vez em 1992, quando um imunizante em estudo para sarampo causou a morte de algumas meninas no Haiti e no Senegal, mas não surtiu efeito negativo nos meninos.

A partir daí, várias pesquisas foram feitas para compreender o porquê das diferenças. “Temos observado que doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide são mais frequentes nas mulheres”, ilustra o médico Luiz Vicente Rizzo, da Sociedade Brasileira de Imunologia. Isso estaria relacionado à ação dos hormônios femininos.

Além disso, as unidades de defesa delas precisam se preparar para o momento da gestação, de maneira a evitar infecções e, ao mesmo tempo, não atacar o bebê. Tantas particularidades levaram o Instituto Nacional de Saúde americano a exigir que os ensaios com novas drogas e vacinas informem a quantidade de machos e de fêmeas entre as cobaias.

Há iniciativas para que as pesquisas com seres humanos tenham número parecido de homens e mulheres. Isso garantiria maior certeza de que os resultados são confiáveis para todos – e todas.

As mulheres

Genética: vários genes envolvidos na resposta imune estão no cromossomo X. As mulheres carregam dois deles – por isso, teriam um sistema imune mais atuante.

Hormônios: o estrogênio, responsável por determinar funções do corpo feminino como a ovulação, ativa algumas células que nos defendem de ataques dos vírus.

Doenças autoimunes: células de defesa ativas demais podem reagir de forma exagerada e atacar o próprio corpo, originando problemas como o lúpus e a doença celíaca nelas.

 

Os homens

Genética: eles carregam apenas um cromossomo X no genoma. Portanto, algumas reações das unidades de defesa às ameaças costumam ser mais vagarosas.

Hormônios: a testosterona, essencial para os órgãos reprodutores masculinos, suprime a inflamação, fator que, fora de controle, dá origem aenfermidades.

Infecções: meninos são mais propensos a sofrer com invasões de vírus, bactérias e fungos do que meninas. Isso seria explicado por peculiaridades do sistema imune deles.

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