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Tosse, vômito e dor abdominal: como lidar com queixas comuns na infância

Muitas vezes, o diagnóstico para esses quadros é um desafio no consultório do pediatra

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
13 jan 2023, 14h09
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  • Pais e pediatras sabem: tosse, vômitos e dor abdominal são os três sintomas que mais lotam consultórios e prontos-socorros infantis. Eles são tão recorrentes que foram assunto de um painel especial durante o 3º Congresso Brasileiro de Urgência e Emergência Pediátrica, que aconteceu no fim de novembro no Rio de Janeiro.

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    Muitas vezes, o diagnóstico para esses quadros é um desafio no consultório – as causas variam desde problemas simples até doenças graves. De acordo com os especialistas, diante das queixas da criança, a recomendação é sempre procurar um médico assim que possível.

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    Entenda, abaixo, o que pode estar por trás dos três problemas, o que fazer e o que não fazer:

    Tosse

    Ela pode ser aguda, quando dura até quatro semanas, ou crônica, no caso de uma duração ainda maior.

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    Nos casos agudos, a principal causa são as viroses respiratórias. A tosse nada mais é do que uma defesa do organismo para expulsar o invasor. Aqui, ela pode vir acompanhada de febre e catarro, mas não é obrigatório.

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    + Leia também: Escovação noturna é a mais importante para evitar cáries na infância

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    Outros problemas podem estar por trás desse sintoma. Refluxo gastroesofágico, engasgos e até choque térmico – ao trocar o calorão por um ambiente gelado por ar-condicionado, por exemplo – também provocam tosse. Crianças pequenas podem engolir algum corpo estranho ou se engasgar, inclusive com o leite.

    Além disso, as tosses alérgicas têm aumentado muito, principalmente associadas à poluição ou à asma. Nesses casos, não há outros sintomas, como febre.

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    Também vale observar se a criança vive num ambiente tabagista e, no caso dos adolescentes, a tosse pode estar relacionada ao uso do cigarro eletrônico, algo cada vez mais frequente.

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    O que fazer

    Em qualquer caso, a primeira medida é investigar a causa. Só assim o médico conseguirá indicar o melhor tratamento. É preciso ficar alerta à presença de sinais preocupantes, como febre, falta de ar e/ou chiado no peito.

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    Por isso, a regra número um é nunca oferecer remédios por conta própria: “a tosse é uma defesa do organismo, não deve ser vista como inimiga e não deve ser bloqueada”, diz o pediatra Tadeu Fernando Fernandes, do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

    “Ela nada mais é do que uma tentativa de eliminar corpos estranhos, muco, vírus, elementos aspirados, ou uma defesa contra ar gelado”.

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    No caso das crianças asmáticas, o tratamento é de médio a longo prazo e deve ser feito rigorosamente como indicado pelo médico. “É preciso acabar com o mito de que as ‘bombinhas’ fazem mal ao coração e não devem ser usadas”, diz o especialista. “Atualmente a principal arma para controlar as crises da doença são os aerossóis, que devem ser usados corretamente”.

    Crianças acima dos três meses sempre devem mamar em posição sentada e bem acordadas. A partir dessa idade, elas podem aspirar o leite para o pulmão. Também deve-se evitar deitar a criança com o estômago cheio, o que pode causar refluxo.

    + Leia também: Pneumonia é a principal causa de infecções graves em menores de 5 anos

    Vômitos e dor abdominal

    Os vômitos são uma defesa contra alguma agressão no trato digestório, seja por um processo infeccioso, como uma intoxicação alimentar, ou inflamatório.

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    No caso das infecções por vírus ou bactérias, é comum que depois dos episódios de vômito apareçam cólicas, diarreia e febre.

    Além disso, as dores de barriga podem sinalizar desde problemas simples, como uma constipação, até algo mais grave, como apendicite ou ingestão de corpos estranhos.

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    O que fazer

    “Em caso de vômito, primeiro é preciso se acalmar e acalmar a criança”, diz o pediatra. De acordo com o especialista, não se deve oferecer nada, já que o estômago está em contração e vai acabar vomitando novamente.

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    O maior risco, nesses casos, é a desidratação. Por isso, é preciso ficar atento à quantidade expelida e, se for preciso, iniciar a reposição com soro caseiro. De qualquer forma, é válida uma consulta médica antes de qualquer medida, pois só um especialista pode indicar quanto e como utilizar a bebida.

    Vale prestar atenção aos sinais de alerta: se há diminuição do volume de urina, ou se ela fica mais concentrada – com uma cor amarelo ouro – , se há choro sem lágrimas ou língua seca, sem saliva. Nesses casos, a indicação é procurar um auxílio médico imediatamente.

    O importante é oferecer líquidos, como água ou sucos naturais, em pequenos goles. A alimentação deve ser reintroduzida aos poucos. As refeições e bebidas devem ser muito leves, incluindo frutas e papinhas de legumes, por exemplo, e evitando alimentos fermentativos, como doces e refrigerantes.

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    Em caso de dor, os pediatras recomendam que não sejam oferecidos remédios sem orientação – isso ajuda a não mascarar sintomas que possam dificultar o diagnóstico.

    Se elas forem muito intensas ou piorarem muito, ou se duram muitas horas, ou ainda se há outros sintomas como sudorese, alteração nos batimentos cardíacos, pressão baixa, procure ajuda médica imediatamente.

    Não se esqueça!

    Principalmente no verão, os alimentos perecíveis, como os laticínios, se deterioram muito rapidamente fora da geladeira. Cuidado com os lanches na praia ou na piscina, expostos ao calor.

    *Esse texto foi publicado originalmente pela Agência Einstein

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