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O cuidado com as crianças começa antes mesmo do nascimento

O primeiro programa de terapia fetal e neonatal do país foi criado para atender casos de malformação que exigem intervenções antes e após o parto

Por Abril Branded Content
26 out 2020, 15h00

Jéssica Bittencourt descobriu que a filha tinha uma cardiopatia congênita quando a bebê ainda estava na barriga. A assistente contábil estava com 27 semanas de gestação e procurou, junto com seu marido, o parecer de um segundo cardiologista especializado em ecografia fetal, que confirmou o diagnóstico.

A filha apresentava uma condição chamada tetralogia de Fallot: quatro anomalias no coração que provocam falta de ar durante as refeições, déficit de crescimento e coloração azulada em partes do corpo. Valentina nasceu na 34ª semana de gestação e precisou ficar dois meses e meio internada até passar pela primeira cirurgia paliativa. O procedimento, chamado de Blalock-Taussing, não resolvia o problema, mas permitiria que a recém-nascida pudesse respirar sozinha e ir para casa com os pais.

O segundo procedimento cirúrgico – esse sim para tratar a tetralogia – estava marcado para dali a dois anos, mas uma série de desconfortos e um exame de rotina anteciparam em oito meses o reencontro com o bisturi. Seria preciso corrigir a primeira cirurgia. Dessa vez, a pequena foi atendida pela equipe do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo, um dos únicos hospitais exclusivamente pediátricos do Brasil, onde ficou internada por 28 dias.

Antes de completar os 3 anos, a menina ainda passou por uma terceira intervenção para trocar uma válvula tricúspide que havia parado de funcionar. Teoricamente, seria o procedimento mais delicado até então, mas a paciente mirim se recuperou rapidamente, brigando para ser desentubada logo. Em menos de uma semana, recebeu alta. Hoje, ela tem 4 anos e leva uma vida saudável, com acompanhamento cardíaco, neurológico e endócrino.

Especialistas em cuidados desde a barriga

Por conta de problemas como o de Valentina, que envolvem diversas especialidades em idades precoces, o Sabará inaugurou, em maio de 2020, o primeiro programa de terapia fetal e neonatal do país, um serviço de atendimento integral para gestantes com fetos que tenham qualquer tipo de malformação. Embora não conte com uma maternidade, a instituição possui infraestrutura completa para realizar partos eletivos de forma programada e diversas cirurgias.

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Um dos procedimentos feitos pelo hospital é a cirurgia intrauterina para a síndrome transfusor-transfundido, quando o sangue passa de forma desigual entre gêmeos idênticos, que compartilham a mesma placenta. “Um dos tratamentos é entrar com uma câmera dentro da cavidade amniótica, ir até a placenta e cauterizar com um laser os vasos que vão de um bebê para o outro”, explica o obstetra Gregório Acácio, um dos coordenadores do programa. “Se não fizermos nada, há 90% de chance de que os dois bebês morram. Com o procedimento, passamos a 60% de chance de sobrevida para ambos.”

O hospital infantil também tem expertise em cirurgias de coluna e de pulmão, evoluindo para oferecer cada vez melhores condições de vida e desenvolvimento para as crianças, desde o ventre da mãe.

As terapias fetais e neonatais serão um dos temas abordados no Congresso Internacional Sabará de Saúde Infantil, que, em sua quinta edição, será transmitido de forma online entre os dias 19 e 21 de novembro para médicos, estudantes e profissionais que atuam ou têm interesse em áreas da saúde infantojuvenil. O evento, que já é um marco no calendário do setor no país, é uma iniciativa da Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES), mantenedora do Sabará Hospital Infantil, e do Instituto Pensi – Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil.

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