A Anvisa acaba de aprovar uma nova vacina contra a meningite meningocócica, doença caracterizada pelo ataque da bactéria meningococo à meninge — a membrana que blinda o cérebro e a medula espinhal. O resultado é uma inflamação crítica na área, que pode inclusive ser fatal.
Produzido pela Sanofi Pasteur, o imunizante protege contra quatro versões de meningococo: A, C, W e Y. “Os três últimos representam, juntos, mais de 80% do total de sorogrupos classificados nos últimos anos no país”, informa Sheila Homsani, diretora médica do laboratório no Brasil.
“Por isso, pessoas não vacinadas de qualquer idade ficam mais vulneráveis à doença”, completa. Crianças a partir de 1 ano, adolescentes, adultos e idosos poderão se beneficiar com a imunização primária e de reforço.
A estratégia ideal
As sociedades brasileiras de imunizações e de pediatria indicam, nos calendários vacinais de crianças e adolescentes, o uso preferencial da vacina meningocócica conjugada ACWY no primeiro ano de vida — começando aos 3 meses de idade — e, depois, os reforços.
“O esquema primário varia conforme a vacina utilizada e a idade em que é iniciada”, diz Sheila. Ela lembra que o imunizante contra a doença meningocócica pode ser coadministrado com várias vacinas pediátricas de rotina. Cabe só ressaltar que ainda não há previsão de a novidade chegar ao SUS.
Entenda a doença
A meningite bacteriana tem evolução rápida
O causador
O meningococo é transmitido pelas secreções respiratórias a partir do contato próximo ou demorado com o portador.
O ataque
Tal bactéria pode agredir a meninge, membrana que recobre o cérebro e a medula espinhal. A situação é grave.
Os sinais
Os sintomas mais comuns do problema são febre alta, rigidez da nuca e alteração do nível de consciência.
A reação
Se desconfiar do quadro, busque ajuda. A doença pode deixar sequelas (como cegueira e surdez) e até matar.