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Marcos do desenvolvimento: o que seu filho deve fazer em cada idade

Pediatra explica por que é crucial monitorar os marcos para detectar atrasos precocemente

Por Vitória Paiva, pediatra da Brazil Health*
25 abr 2025, 18h26
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Marcos do desenvolvimento infantil são importantes para avaliar o crescimento dos filhos (Foto: pinstock/Getty Images Ilustrações e quadros: Estúdio Coral/Veja Saúde)
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A puericultura vai além das consultas regulares para avaliação antropométrica: consiste em uma análise global do paciente, otimizando o cuidado, o crescimento e o desenvolvimento da criança.

Ao monitorar crianças em conjunto com suas famílias ao longo do tempo, o pediatra consegue observar a relação entre o crescimento físico e cognitivo, além do desenvolvimento motor e emocional.

A avaliação começa antes mesmo do nascimento da criança, com a realização do pré-natal, ultrassonografias e medições antropométricas.

O desenvolvimento infantil é influenciado por fatores genéticos, ambientais, nutricionais e sociais, ocorrendo em ritmos diferentes para cada criança.

No entanto, existem marcos do desenvolvimento – também chamados de marcos do desenvolvimento neuropsicomotor – que representam habilidades que a maioria das crianças adquire em determinadas idades. É fundamental estar atento a esses marcos para detectar atrasos e avaliar a necessidade de intervenções precoces.

Principais marcos do desenvolvimento

Os marcos do desenvolvimento são geralmente classificados em quatro áreas principais:

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Motricidade grossa: refere-se ao controle dos grandes músculos do corpo, como sustentar a cabeça (por volta dos 2 meses), rolar e sentar apoiando as mãos no chão (6 meses), ficar de pé (12 meses) e andar (15 meses).

Motricidade fina: envolve movimentos mais delicados e coordenados, como pegar objetos com as mãos (6 a 9 meses) e desenhar formas simples (3 a 4 anos).

Linguagem e comunicação: engloba desde balbucios até frases completas. Exemplos: balbuciar (4 a 6 meses), dizer palavras isoladas (12 meses) e formar frases (2 a 3 anos).

Social e emocional: relaciona-se à capacidade da criança de interagir com os outros e expressar emoções. Exemplos: sorrir socialmente (6 a 8 semanas) e brincar com outras crianças (2 a 3 anos).

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A importância dos marcos do desenvolvimento

O acompanhamento dos marcos do desenvolvimento permite identificar precocemente atrasos ou alterações que podem indicar condições como transtorno do espectro autista (TEA), paralisia cerebral, atrasos de linguagem, entre outras.

A detecção precoce é fundamental para o início oportuno de intervenções, que costumam ser mais eficazes nos primeiros anos de vida – período de maior neuroplasticidade cerebral.

Além disso, esse acompanhamento é essencial para orientar os pais sobre o que esperar em cada fase e como estimular adequadamente suas crianças, promovendo um desenvolvimento saudável.

Avaliação e monitoramento

A avaliação do desenvolvimento infantil é realizada por meio da observação clínica, testes padronizados e aplicação de escalas específicas, como a Escala de Denver, as Bayley Scales e a Caderneta da Criança, utilizada no Brasil pelo Ministério da Saúde.

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Por isso, caso suspeite de algum atraso, converse com o pediatra.

Profissionais como pediatras, neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais participam do processo de investigação, tornando a avaliação verdadeiramente multidisciplinar.

Conclusão

Os marcos do desenvolvimento infantil são referências essenciais para o acompanhamento do crescimento e da maturação das crianças. Identificar desvios nesse processo possibilita intervenções precoces, que podem mudar significativamente o prognóstico infantil.

Por isso, o monitoramento contínuo do desenvolvimento deve fazer parte das consultas de puericultura e ser uma prioridade na atenção básica à saúde e ao cuidado da criança.

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*Vitória Paiva é pediatra e neonatologista do Hospital Albert Einstein

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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