Com filhos e netos longe de casa ou dificuldades financeiras para contratar um serviço profissional, muitos indivíduos acima dos 60 anos se veem num beco sem saída: eles se tornam responsáveis por dar assistência às pessoas com saúde debilitada que vivem na mesma casa.
Uma pesquisa realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, confirma que idosos que cuidam de idosos apresentam risco elevado de desenvolver doenças e piora na qualidade de vida.
Para chegar a essa conclusão, foram entrevistados 148 homens e mulheres mais velhos de oito cidades brasileiras. “Precisamos criar redes de apoio que permitam a esses cuidadores informais pensarem mais em si mesmos”, defende a psicóloga Letícia Flesch, autora do trabalho.