Com mais de 3 milhões de casos registrados neste ano, o Brasil vive sua maior epidemia de dengue. E gestantes ou mulheres que acabaram de passar pelo parto precisam ter cuidado redobrado com a doença.
“Elas encaram maior risco de desenvolver formas severas. Os sinais de alarme da infecção não podem ser subestimados”, ressalta Maria Celeste Osório Wender, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Para capacitar profissionais de saúde nessa missão, a entidade criou um manual de prevenção, diagnóstico e tratamento focado nessa população. O documento pode ser acessado neste link.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de infecções por dengue entre grávidas cresceu mais de 345% nas primeiras seis semanas de 2024, comparado ao mesmo período do último ano.
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Cuidar de quem cuida
Sem poder tomar vacina, gestante não deve baixar a guarda
Prevenção
Não há imunizante liberado para grávidas. Portanto, elas precisam aderir às medidas que afastam o mosquito transmissor, como uso de repelente e limpeza da casa.
Sintomas
É preciso distinguir manifestações da dengue daquelas típicas da gravidez. Dores abdominais intensas, vômitos e pressão baixa exigem atenção médica.
Diagnóstico
Os métodos não se diferenciam dos utilizados na população geral. O médico deverá avaliar o histórico e apresentação clínica da paciente e pedir exames laboratoriais.
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Tratamento
Os cuidados se resumem a repouso, ingestão de líquidos e uso de analgésicos e antipiréticos. Evite automedicação: certos remédios aumentam risco de sangramento.
Transmissão vertical
É extremamente raro que a mãe transmita dengue ao bebê durante a gestação ou o parto, mas, quando isso acontece, o suporte à criança deve ser imediato.
Puerpério
Há maior risco de trombose e hemorragia em caso de infecção por dengue durante o pós-parto. Médicos podem orientar a manejar o quadro e eventuais complicações.