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Ficar no celular é o principal motivo das brigas de casal na pandemia

O dado é de uma pesquisa feita com mais de 700 pessoas sobre os impactos da quarentena na saúde do relacionamento

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 7 ago 2020, 10h04 - Publicado em 6 ago 2020, 19h09

Uso excessivo do celular, divisão desigual das tarefas domésticas e excesso de críticas. Eis as principais causas de brigas entre casais durante a pandemia do novo coronavírus, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto do Casal, organização especializada em educação em relacionamentos.

O levantamento ouviu pouco mais de 700 homens e mulheres hetero, homo e bissexuais com idades entre 18 e 51 anos. Ficar pendurado no smartphone foi o motivo campeão das rusgas, sendo citado por 33% dos voluntários. Em seguida, vieram os cuidados com a casa (32%) e o exagero nas críticas (31%).

Outros tópicos apontados com frequência: falta de romance (26%), ausência de diálogo (24%), excesso de tempo dedicado ao trabalho (23%) e problemas financeiros (20%). A soma das porcentagens ultrapassa 100% pois era possível selecionar mais de uma alternativa.

A pesquisa ainda investigou a frequência das desavenças, e descobriu que 30% dos entrevistados discutem ao menos uma vez por semana. Outros 20% afirmaram entrar em conflito mais de uma vez por semana, enquanto 10% passam por isso uma vez por dia ou mais.

A influência da pandemia

O Instituto do Casal comparou as respostas com uma pesquisa similar, realizada por eles em 2018. Assim, foi possível perceber uma mudança no perfil das brigas, o que é esperado, já que o tempo de convivência exacerbou incômodos que, antes da quarentena, poderiam estar passando despercebidos.

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O uso excessivo do celular, por exemplo, foi do terceiro para o primeiro lugar. Já a divisão de tarefas domésticas saiu do quinto para o segundo. A falta de diálogo, por outro lado, caiu da segunda para a sexta causa – afinal, o tempo para o bate-papo cresceu para os confinados, certo?

Em comunicado à imprensa, a psicóloga Denise Figueiredo, cofundadora da instituição, explica que a situação exige negociações na rotina, feitas com muita conversa e acolhimento.

“A melhor coisa é escolher em que discussão vale entrar. Se o motivo for relevante, converse com o parceiro em uma boa hora e em primeira pessoa, dizendo ‘eu sinto’, ‘eu penso’, o que diminui a chance de o ouvinte criar resistências”, aconselha.

Divórcios e brigas aumentaram

Se você está passando por um período mais turbulento no relacionamento, saiba que não está sozinho. Segundo um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os conflitos conjugais aumentaram 451% desde o início da crise causada pelo coronavírus.

No início da pandemia, devido às restrições de circulação e funcionamento de cartórios, o número de divórcios chegou a cair – assim como o de novos casamentos, vale dizer. Entre maio e junho, contudo, houve crescimento de 18,7% nos pedidos de separação oficial, de 4 471 solicitações para 5.306.

Nesse período, os divórcios consensuais e seus procedimentos correlatos, como partilha de bens e inventário, passaram a ser feitos online, por videoconferência. Em comparação com junho de 2019, a alta é de 1,9%, mas os especialistas esperam que haja um aumento mais significativo nos próximos meses.

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