Com exceção de uma rara disfunção de origem genética, na qual o recém-nascido não produz nadica de lactase, não há por que interromper a amamentação, a menos que o médico recomende de forma explícita — e dificilmente será em razão da intolerância à lactose, muito menos por um longo período.
Em primeiro lugar, vale reforçar que a cota da enzima lactase começa a cair só depois dos 2 anos de idade. Então, quando gases, cólicas e diarreia atormentam o bebê sempre que ele mama, o motivo pode estar na própria imaturidade do sistema digestivo ou em alguma enfermidade, a exemplo das infecções por rotavírus.
Medicamentos como antibióticos também podem bagunçar as coisas. É que eles chegam a desequilibrar a flora intestinal, deixando-a momentaneamente despreparada para dar conta da lactose. Mas aí os contratempos gerados pela sobra desse açúcar nas vísceras serão passageiros. Nesse caso, o pediatra recomendará uma fórmula específica para a faixa etária do pequeno até que o intestino dele volte a produzir normalmente a lactase. Assim que sumirem os sintomas e o especialista autorizar, o bebê deve voltar ao peito e continuar se beneficiando do leite da mãe.