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80% das espécies de árvores típicas da Mata Atlântica podem sumir

Levantamento inédito revela ritmo de destruição brutal entre plantas típicas desse bioma brasileiro

Por Diogo Sponchiato
24 fev 2024, 08h24

Não é de hoje que a Mata Atlântica é alvo de preocupações dos ambientalistas devido ao desflorestamento e à devastação de suas espécies vegetais e animais.

Pois um estudo capitaneado pela Universidade de São Paulo (USP) e publicado na prestigiada revista acadêmica Science comprova, em números, o tamanho do estrago: 82% dos mais de 2 mil tipos de árvores exclusivas desse ecossistema correm algum grau de ameaça de extinção — índice alarmante, na visão dos autores.

O levantamento levou em consideração quase 5 mil espécies presentes nesse bioma e 3 milhões de registros mantidos num banco de dados. Correm risco de sumir do mapa desde plantas que há tempos são exploradas pelo homem, como o pau-brasil, até araucária, erva-mate e canela.

De acordo com os cientistas que assinam o trabalho, a análise é crucial para elaborar planos de ação e políticas públicas de preservação e reflorestamento na região, permitindo inclusive priorizar quais espaços e exemplares da flora precisam de proteção urgentemente.

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Números falam por si

4,9 mil espécies de árvores são encontradas na Mata Atlântica.

65% delas estão com suas populações ameaçadas, segundo a pesquisa da USP.

75% dessas espécies são classificadas “em perigo de extinção”.

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Quem corre perigo

Pau-brasil: a árvore explorada desde os primórdios da colonização para a exportação e elaboração de uma tintura se encontra “criticamente
em perigo” de extinção.

Araucária: a população da espécie mais comum ao sul do país foi reduzida em pelo menos 50%, algo que compromete todo um ecossistema conectado a ela. Está “em perigo”.

Erva-mate: famosa por dar origem a infusões como o chimarrão, também viu seu número de exemplares cair pela metade — situação idêntica à do palmito-juçara.

Canela: espécies batizadas com esse nome popular, como Ocotea odorifera e Ocotea porosa, tiveram diminuição de 53 a 89% de suas populações — níveis críticos.

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