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Mario Marcondes, veterinário e diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira (SP), traz orientações preciosas para quem ama seus bichos de estimação
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Animais exóticos são seres inteligentes e muito especiais

Saiba por que aves, peixes e répteis podem fazer a alegria do lar e os cuidados que eles exigem no dia a dia

Por Dr. Mario Marcondes
Atualizado em 19 fev 2019, 17h13 - Publicado em 16 fev 2019, 11h23

De acordo com o último levantamento do IBGE sobre o número de animais de estimação no país, a quantidade de aves já ultrapassou a de gatos nos lares brasileiros. Os peixes, por sua vez, se aproximam cada vez mais dos felinos, seguidos por roedores e, depois, pelos répteis.

Apesar da popularidade, aves, peixes, roedores e répteis ainda são considerados pets exóticos. E, tantas vezes, as pessoas continuam subestimando sua inteligência.

Para se ter uma ideia, um estudo desenvolvido pela pesquisadora Irene Pepperberg, da Universidade Harvard (EUA), demonstrou que o quociente de inteligência, o QI, de um papagaio do Congo — espécie cada vez mais popular no Brasil — pode ser comparado ao de uma criança de 5 anos. Isso mesmo: já foi demonstrado que a inteligência desse animal supera a de chimpanzés e golfinhos, antes tidos como os bichos mais espertos do planeta.

Dados como esse revelam quanto ainda engatinhamos no sentido de reconhecer e prestigiar a inteligência desses animais. E o que essa característica pode significar na convivência com eles.

A posse responsável de um papagaio e de tantos outros pets não remete apenas a uma questão de inteligência. Muitos deles, papagaios e tartarugas incluídos, podem viver mais de 80 ou 90 anos. São, portanto, companheiros longevos. Imagine o nível de intimidade que podemos desenvolver no convívio diário com eles.

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Ainda falando dos papagaios, foi comprovado que eles não são meros repetidores de palavras. Essas aves possuem uma capacidade cognitiva avançada que realmente lhes permite se comunicar com outras espécies, especialmente a humana.

Foi o que constatou a própria Irene Pepperberg de Harvard ao avaliar o mundialmente famoso papagaio do Congo Alex. Ela observou que aves dessa espécie, vistas como as mais falantes, associam palavras-chave a alguns comportamentos para se comunicar com os humanos. Isso serve para dar boa noite, pedir pra sair da gaiola, solicitar uma semente…

Essa riqueza de interação reforça a necessidade de atenção e cuidados específicos para com a espécie, além da continuidade de políticas de controle contra o tráfico irregular de bichos exóticos e silvestres.

Antes de entrar em casa

Para quem deseja ter um papagaio ou outro animal considerado menos comum na residência, o primeiro recado é procurar criadores comprometidos com a segurança dos bichos e a preservação ambiental — bem como ter autorização do Ibama. Cada cidadão tem de fazer sua parte no sentido de ajudar no bem-estar dessas espécies e coibir qualquer tipo de comércio irregular.

Não importa que seja ave, peixe, roedor ou réptil… Devemos prestar cuidados de acordo com as necessidades do animal. Na alimentação, é fundamental procurar e dar rações próprias para a espécie. E outro ponto importante é fazer visitas regulares a um veterinário especializado. Sem falar no contato e no carinho do dia a dia. Assim como cães e gatos, eles apreciam a presença e a atenção da família.

Tem pet que até gosta de uma rotina. Há relatos de peixes que sabem o horário em que a ração será administrada pelo tutor e interagem com eles!

Acredito que os animais exóticos deveriam ser renomeados para animais especiais. Pois são criaturas incrivelmente singulares. E merecem, com as suas particularidades, todo nosso carinho. 

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