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Antonio Lancha Jr, professor expert em atividade física e nutrição da USP e autor de livros como "O Fim das Dietas", ensina como emagrecer sem cair em promessas furadas
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“Já que”: o inimigo número 1 do emagrecimento

Essa simples expressão pode ser mais perigosa do que você imagina no processo de perda de peso. Nosso colunista explica o porquê

Por Antonio Lancha Jr.
25 abr 2019, 17h01

Conversando com amigos sobre o autocontrole na hora de se alimentar, um deles me disse: “Quando como um doce, perco a mão e acabo com ele de uma vez”. Essa frase ecoou na turma: todos já haviam experimentado essa perda de controle. Mas o interessante é que podemos lidar com ela.

Sempre que estamos focados em emagrecer, adotamos uma postura binária. Isso significa que renegamos os alimentos que achamos que engordam, enquanto supervalorizamos os tidos como leves.

No entanto, as comidas chamadas de engordativas costumam ser mais ligadas ao nosso prazer. Então incorporamos uma lógica de negação: “não posso comer isso, não posso, não posso!”. Essa é uma tentação e tanto.

O problema é que, se por algum motivo ficamos ansiosos ou frustrados em um momento do dia, nosso cérebro tende a buscar um prêmio para aplacar tais sensações. Essa recompensa pode surgir na sua frente mesmo que você não queira: o seu namorado pede um pudim de leite, por exemplo.

É aí que surge o “Já que”. Funciona assim: “Já que estou cansado, ou triste, ou ansioso, ou frustado… eu mereço aproveitar esse momento e comer o que quiser, do jeito que quiser”.

Com a primeira colherada sentimos um imenso prazer. Mas, nos momentos seguintes, vem a sensação de fracasso. A literatura científica tem demonstrado que, quando esse sentimento aparece diante de um alimento que ingerimos sem uma autorização prévia e racional, a pessoa busca silenciar a frustração comendo o “fruto proibido” de novo, e de novo, e de novo.

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Ao final desse ciclo, até experimentamos um pouco de prazer por termos acabado com um alimento gostoso. Só que, paralelamente, sentimentos uma profunda tristeza com o suposto fracasso.

Então como lidar com a situação? Podemos procurar outras coisas que nos dão tanta ou mais satisfação do que comer. Quem gosta de tocar um instrumento ou praticar um esporte pode recorrer a essas alternativas para compensar a ansiedade. Após tocar seu piano ou suar a camisa, a sensação de conquista será enorme – e reforçará um novo hábito.

Isso quer dizer que nunca mais você comerá aquela sobremesa maravilhosa? Claro que não! Porém, o doce dos sonhos será programado na sua rotina, e não consumido de forma acidental.

Chamamos isso de programar a sua ilha (descrevemos isso no livro [amazon_textlink asin=’8555790700′ text=’O Fim das Dietas’ template=’ProductLink’ store=’v0858-20′ marketplace=’BR’ link_id=’ecb5c14e-33a9-4f21-83d7-037fc0492a8b’]). Vou explicar melhor: seu projeto de emagrecimento é como uma travessia. Portanto, crie ilhas no caminho que façam essa jornada valer a pena e ser menos tempestuosa.

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Com esses momentos, você terá sempre um horizonte para consumir aquele gostosura. Logo após a ingestão, basta voltar para a travessia.

O número de ilhas e o tempo de permanência nela são escolhas suas, de acordo com seus objetivos. Afinal, é você que deseja fazer a travessia. Vamos juntos escapar do “Já que”!

Dito tudo isso, eu quero saber: quantos de vocês costumam acabar com um doce de uma vez só? Respondam abaixo:

 

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