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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Nova vacina contra a gripe: quem deve tomar?

Versão turbinada chega a clínicas e pode ser especialmente útil a idosos e pessoas com diabetes. Mas há também o imunizante fornecido pelo SUS

Por Carlos Eduardo Barra Couri
12 abr 2023, 16h11

A gripe é uma doença infecciosa muito conhecida de todos nós, e desde os primeiros anos de vida. Apesar de nos adultos trazer menos desfechos graves, em pessoas nos extremos de idade ou com doenças crônicas o desenrolar da infecção pode ser desastroso. Estamos falando de internação, insuficiência respiratória, intubação prolongada e até morte.

Uma “simples” gripe é capaz de levar às alturas os níveis de glicose de pessoas com diabetes previamente controlado. É capaz de descompensar a insuficiência cardíaca em pessoas que levaram meses para obter seu controle. E pode induzir graves crises de falta de ar em indivíduos com asma ou enfisema pulmonar.

Mas temos uma forma de reduzir barbaramente a ocorrência dessas complicações: a vacinação. Pasmem: estudos mostram que a imunização contra a gripe diminui até o risco de infarto. Isso mesmo!

Por isso, anualmente temos a campanha de vacinação, que começa no outono. A picada garante proteção contra os principais tipos de influenza que circulam no momento.

No SUS, é oferecida gratuitamente, no início a grupos prioritários (gestantes, idosos, crianças, portadores de doenças…), a vacina trivalente, que contém duas cepas do vírus da influenza A e uma cepa do vírus da influenza B.

Já na rede privada, há anos temos à disposição a vacina quadrivalente, que promove proteção contra mais cepas dos vírus causadores da gripe (além das três cepas da vacina trivalente, cobre mais uma do vírus da influenza B).

Em 2022, de forma inédita, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) indicou a segunda dose da vacina de gripe no fim do ano para pessoas mais suscetíveis, como idosos e imunocomprometidos (por exemplo, com diabetes), devido à maior circulação do vírus no país e devido ao aumento de formas graves da doença nos meses subsequentes ao inverno.

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Essa segunda dose foi indicada na tentativa de aumentar os anticorpos no sangue, especialmente nesse grupo de pessoas mais suscetíveis. Sabidamente, os níveis de anticorpos induzidos pela vacina caem abruptamente em idosos e pessoas imunocomprometidas, não ultrapassando seis meses, em média, após a aplicação da vacina.

+ LEIA TAMBÉM: Começa campanha de vacinação contra a gripe

Vacina turbinada na praça

Apesar de já estar disponível nos Estados Unidos há cerca de 10 anos, uma vacina quadrivalente “turbinada” para gripe chegou ao Brasil em 2023, por enquanto somente na rede privada.

Ela cobre quatro cepas do vírus e contém uma concentração quatro vezes maior de vírus inativados. Estudos apontam que a vacina promove maior proteção e maior redução de desfechos graves por gripe.

Num acompanhamento de 10 anos com mais de 20 milhões de idosos, entre aqueles que utilizaram a versão “turbinada” houve 40% menos mortes por pneumonia e/ou gripe e 28% menos mortes por causa cardiopulmonar em comparação à dose habitual.

E os efeitos colaterais? Segundo a virologista Aline Tolardo, da Sanofi-Pasteur, ainda há muitos mitos em torno da vacinação contra gripe, especialmente entre idosos. “É uma vacina de vírus inativados, então não existe risco de se ter gripe após sua aplicação”, diz a biomédica do laboratório que produz o novo imunizante.

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“Vale destacar que uma minoria de pacientes tem algum efeito colateral, geralmente o que há é dor e vermelhidão no local da picada”, esclarece.

A Anvisa aprovou a vacina para pessoas acima de 60 anos. E há uma justificativa: os estudos foram conduzidos especificamente nesta população.

Outro grupo que pode tirar proveito dessa novidade são os brasileiros com diabetes, mais vulneráveis a complicações por gripe. Estima-se que a vacina custe em torno de 280 reais, mas, pensando nesses públicos, acredito que o investimento vale a pena.

Se não for possível tomar a vacina “turbinada”, de qualquer forma todo mundo pode e deve tomar a versão disponível pelo SUS. O que não dá é para ficar sem essa proteção contra uma doença tão prevalente e insidiosa.

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