Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Com a Palavra Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Um novo olhar para quem é mãe na adolescência

Líder de projeto que avaliará saúde mental de jovens mães chama a atenção para a vulnerabilidade e o sofrimento psíquico que essas mulheres podem enfrentar

Por Tiago Chagas Dalcin, médico*
Atualizado em 23 Maio 2022, 10h25 - Publicado em 22 Maio 2022, 11h34

A descoberta da maternidade é um período de adaptações e mudanças na vida da mulher. As transformações físicas e emocionais que envolvem o processo costumam ser motivo de alegria. Mas, em alguns casos, existem desafios e sintomas associados ao desenvolvimento de problemas de saúde mental.

Na realidade, o período gestacional e o pós-parto também devem trazer o alerta para a identificação de traços de ansiedade e depressão. E esse olhar se torna ainda mais urgente quando falamos em mães adolescentes.

Levando em conta a realidade atual, além das causas preexistentes relacionadas aos transtornos mentais, houve a somatização do período ansiogênico vinculado à pandemia. Dados atuais sugerem que as mães que tiveram filhos nesse período estão demonstrando altos níveis de ansiedade e depressão, um cenário que deve ser monitorado para reduzir o sofrimento.

A situação se torna ainda mais sensível entre quem é mãe na adolescência, faixa que vai dos 10 aos 20 anos incompletos. Nessas condições, há maiores riscos de saúde para a jovem e o bebê, pois a gestante ainda não está em sua maturidade biológica, psicológica e socioeconômica, o que aumenta sua vulnerabilidade.

+ LEIA TAMBÉM: Pesquisa revela que maioria das gestações no país não é planejada

Diante disso, o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) e em parceria com o Ministério da Saúde, está liderando o projeto “Adolescentes Mães”, com o intuito de avaliar e minimizar os impactos da gravidez precoce.

O objetivo desse trabalho é analisar e comparar o perfil e impacto biopsicossocial nessas jovens em relação ao de mães adultas (entre 20 e 30 anos incompletos), com maior enfoque nos casos de ansiedade e depressão.

Esse estudo permitirá um olhar amplo para os fatores psicológicos relacionados à gestação na adolescência, investigando os efeitos da maternidade nessa fase do desenvolvimento. E poderá nos mostrar a influência da pandemia nesse contexto, uma vez que as participantes foram mães nesse período.

O fato é que as repercussões da gravidez precoce na saúde mental das mães ainda foram pouco exploradas e entendidas na realidade brasileira. Queremos revelar uma fotografia ampliada da maternidade nesse período em todas as regiões do país.

Continua após a publicidade

É uma notícia importante neste mês das mães, cujos frutos nos ajudarão a desenvolver melhores políticas públicas para acolher mulheres que deram à luz na adolescência e cuidar delas e de seus filhos.

Compartilhe essa matéria via:

* Tiago Chagas Dalcin é médico e pesquisador do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e líder do projeto Adolescentes Mães

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.