Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Precisamos falar de cuidados paliativos

Entenda o que são os cuidados paliativos e a importância de integrá-los no atendimento dos pacientes

Por Dr. Carlos Alberto Chiesa*
Atualizado em 13 ago 2019, 10h53 - Publicado em 11 jun 2017, 09h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Estamos envelhecendo. O progresso da medicina, associado à melhoria das condições de saneamento e saúde, tem permitido uma expectativa de vida mais elevada e um aumento considerável na população acima de 60 anos. Em paralelo, a incidência das doenças crônicas não transmissíveis vem aumentando progressivamente, sendo hoje a principal causa de morte no país. Essa mudança do perfil epidemiológico exige uma mudança no modelo assistencial oferecido e na filosofia desse cuidado – com uma tônica maior na qualidade de vida do indivíduo e do núcleo familiar ao seu entorno.

    O modelo atual foi formatado sob o foco da doença, com a especialização de serviços médicos e hospitais no tratamento cada vez mais preciso, intensivo e agressivo. A questão é que, muitas vezes, o idoso apresenta mais de uma doença, e o tratamento disponível não garante a plena recuperação a um estado de bem-estar, capacidade funcional e interação com as pessoas próximas. Como lidar com isso? O que é certo? O que é direito?

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o cuidado paliativo como uma abordagem voltada para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com doenças ameaçadoras à vida. Esse modelo envolve não só cuidar dos sintomas físicos da doença mas também oferecer apoio emocional e social aos pacientes e à família.

    Mais do que isso, busca atender as necessidades específicas e preferências individuais, introduzindo o elemento da escolha. Pacientes e seus familiares têm o direito de decidir a forma e os limites de seu tratamento. O binômio médico-paciente tradicional evolui para uma tríade envolvendo paciente, família e time de saúde com vários profissionais (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas…), acordando o que seria o melhor para aliviar o sofrimento e respeitar a dignidade da pessoa.

    O desconhecimento da abordagem paliativa é apontado pela própria OMS como um dos principais entraves a essa proposta. Cerca de 40 milhões de pessoas no mundo requerem esse tipo de assistência, que é ofertada a apenas 14% desse total. O cuidado paliativo deve ser oferecido o mais precocemente possível no curso de uma doença.

    Continua após a publicidade

    Preparar a família, controlar os sintomas e prestar apoio melhoram a qualidade de vida e reduzem a utilização de serviços médico-hospitalares desnecessários. Precisamos ter coragem de perguntar o que faz sentido. Por que prolongar o sofrimento de quem já não está inteiro entre nós?

    *Dr. Carlos Alberto Chiesa é médico e diretor-presidente do Hospital Placi, no Rio de Janeiro

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.