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Paternidade após os 60: o que é preciso saber?

Número de homens mais velhos que querem ser pais vem aumentando... Mas, para que o sonho seja concretizado, é importante zelar pela próstata

Por Paula Fettback, médica especialista em fertilidade*
22 nov 2021, 10h31
paternidade
Prevenir é melhor que remediar: câncer de próstata e seu tratamento podem gerar infertilidade.  (Ilustração: Veridiana Scarpelli/SAÚDE é Vital)
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A exemplo de alguns famosos, muitos homens têm decidido ser pai após os 60 anos de idade, seja novamente, seja pela primeira vez. Isso é possível porque, em geral, um homem é capaz de produzir espermatozoides saudáveis ao longo de toda sua vida. Um dos impeditivos ou dificultadores desse sonho, porém, é o câncer de próstata, o tipo mais comum da doença entre a população masculina no Brasil.

Considerando a mudança no cenário familiar, em que muitos homens estão no segundo casamento e optam por ter filhos, é fundamental que, cada vez mais, eles sejam proativos com relação aos exames de prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, um problema que, sim, pode acarretar infertilidade. O cenário é mais crítico em homens com idade superior a 65 anos, mais propensos a desenvolver a doença.

Diante disso, destaco quatro medidas que devem ser de conhecimento das famílias que estão planejando uma gravidez dentro desse contexto tendo em vista seu bem-estar e a fertilidade.

+ LEIA TAMBÉM: Outros tempos para a próstata

1. Prevenir ainda é o melhor remédio

Infelizmente, sabemos que o preconceito é um dos inimigos da detecção precoce do câncer de próstata. Por isso, é fundamental que os homens busquem fazer seus exames preventivos, como a dosagem do PSA e o toque retal, de acordo com a recomendação médica. Lembrando que pessoas com mais de 60 anos, acima do peso e/ou com histórico familiar da doença são mais sujeitas a ela.

2. Esclareça dúvidas sobre fertilidade antes do início do tratamento

Em geral, o tratamento contra o câncer de próstata causa danos às glândulas ou a órgãos relacionados a elas, incluindo os testículos. Isso pode interromper ou diminuir a produção de espermatozoides.

Dessa forma, antes de iniciar a terapia, converse com o médico ou a equipe de saúde sobre os reflexos na fertilidade e o que pode ser feito para preservá-la. A orientação é que o homem tenha essa precaução mesmo que não tenha o desejo de se tornar pai pela primeira vez ou voltar a ter filhos. Afinal, nunca se sabe quando podemos mudar de ideia.

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3. Às vezes, é preciso tempo para absorver o diagnóstico

Receber a notícia de que será preciso tratar um câncer de próstata é uma das etapas mais delicadas na jornada do paciente.

Alguns homens podem demorar um pouco mais para absorver o diagnóstico e as informações fornecidas. Então, caso seja necessário, agende um retorno para esclarecer possíveis dúvidas e fazer novos questionamentos ao médico e procure cuidar do seu estado mental.

+ LEIA TAMBÉM: Produtos diários colocam os espermatozoides em risco

4. Considere a reprodução assistida como uma alternativa para ter filhos

Quimioterapia, radioterapia e cirurgia são tratamentos que, no contexto da próstata, podem afetar a fertilidade. Mas isso não significa o fim do sonho de ser pai, mesmo com mais idade.

Daí a recomendação de procurar um médico especialista em reprodução humana para entender as possibilidades e definir o protocolo mais adequado caso a caso.

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As opções hoje dependem da idade, do status de relacionamento e da maturidade física e emocional do homem. De um modo geral, contamos com congelamento do sêmen para futura inseminação ou fertilização in vitro e o congelamento do tecido testicular, que contém células-tronco que podem se tornar posteriormente espermatozoides.

Percebeu? A fertilidade tem muito a ver com a saúde da próstata. E fazer os exames preventivos pensando no diagnóstico precoce do câncer poupa sofrimentos também em relação a isso.

* Paula Fettback é ginecologista e especialista em infertilidade com doutorado pela USP

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