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Os hábitos que ajudam na adaptação às lentes de contato

Apesar de as lentes trazerem praticidade ao dia a dia, muitas pessoas desistem de usá-las. Entenda os motivos e como driblá-los

Por Gerson Cespi, diretor-geral da CooperVision no Brasil
27 set 2022, 09h41
como usar lentes de contato
Uso de lentes de contato ainda é baixo no Brasil. (Foto: Sheila Oliveira/SAÚDE é Vital)
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Atualmente, segundo a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria (Soblec), cerca de 3 milhões de brasileiros são usuários de lentes de contato, o que representa 1,4% da população. O porcentual é baixo quando comparamos com Europa e Estados Unidos, por exemplo, onde os índices de usuários chegam a 10% e 12%, respectivamente.

O produto traz mais praticidade para o dia a dia dos usuários, facilita a prática de esportes e, para alguns, é inclusive um fator de melhora de autoestima. Ainda assim, o número de brasileiros que desiste de utilizar as lentes de contato é elevado.

Especialistas apontam três principais motivos para esse cenário: falta de acompanhamento profissional durante o processo de adaptação, maus hábitos de consumo e escassez de informação.

O primeiro ponto de atenção é a importância do oftalmologista. Muitas pessoas compram o produto sem consultar um especialista. Isso é grave, já que o indivíduo não sabe, do ponto de vista de saúde ocular, se está apto para o uso.

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Hoje, o mercado disponibiliza diversos tipos de lentes e o oftalmologista pode avaliar e indicar o modelo ideal – tanto para quem deseja dar início ao hábito como para quem tem intenção de trocar o modelo.

Já quando falamos sobre maus hábitos de consumo, os que mais podem prejudicar a adaptação às lentes de contato são: não fazer a higienização correta (a limpeza só é desnecessária no caso das lentes de descarte diário, que estão se consolidando como a melhor opção do mercado na atualidade); não respeitar o tempo de descarte; utilizar soro fisiológico; e não lavar as mãos na hora de manuseá-las.

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De acordo com a Soblec, cerca de 6% da população do país é potencial usuária do produto, e as chances de uma boa adaptação aumentam consideravelmente com mudanças simples de hábitos.

Entre as boas ações podemos citar:

  • Lavar muito bem as mãos com água e sabão (de preferência antibacteriano) e secá-las antes de tocar nas lentes
  • Retirar as lentes antes de dormir (a não ser que haja indicação médica para usá-las nesse momento)
  • Não exceder as horas de uso recomendadas pelo especialista e pelo fabricante

Saúde ocular deve ser prioridade

Indo um pouco além do uso das lentes, é fundamental que os brasileiros comecem a se preocupar mais com a saúde ocular.

Entre 2019 e 2020, durante a pandemia, houve uma queda de 34% na realização de consultas e exames oftalmológicos, segundo um levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Só que diversos problemas podem ser evitados ou tratados caso sejam detectados precocemente.

Use a caixa de busca ou clique no índice para encontrar o verbete desejado:

O glaucoma, por exemplo, é uma doença multifatorial e uma das principais causas de cegueira no mundo. Quanto mais cedo ela for detectada, maiores as chances de sucesso com o tratamento, evitando o risco de complicações – como a perda da visão.

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A saúde ocular infantil também merece especial atenção. Assim como os adultos, as crianças precisam passar por consultas regulares com um oftalmologista.

Dessa forma, possíveis distúrbios de visão poderão ser identificados e tratados logo nos primeiros anos de vida. É o caso da miopia infantil, que já conta inclusive com o lançamento de lentes de contato especiais capazes de diminuir sua progressão, evitando problemas graves na fase adulta.

No final, tudo é uma questão de hábito. Para quem usa lentes de contato, pequenos ajustes na rotina podem fazer a diferença na adaptação ao produto, garantindo que a pessoa possa desfrutar de todos os seus benefícios.

Já a mudança na forma de lidar com a saúde ocular, investindo em uma consulta anual com um especialista, ajuda a evitar problemas mais graves de visão no futuro.

*Gerson Cespi, diretor-geral da CooperVision no Brasil

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